A história inicia-se com o seu casamento com Luísa, filha de uma abastada família lisboeta. Humilhado constantemente devido à sua condição social, é através do sogro que o seu interesse por Angola cresce.
No cabaret, Arnaldo pede a Artur que fale consigo em particular e entrega-lhe o colar de Ludovina. Artur pede-lhe segredo sobre o assunto. Momentos depois, todos brindam ao futuro. No dia seguinte, Artur pensa sobre o que vai fazer com o colar. Beatriz, em conversa com Luísa, volta a acusar os sogros desta pelo desaparecimento do colar. Artur fala com João sobre Angola e este confessa-lhe que está apaixonado, mas não diz por quem.
No Cabaret, Henriqueta, assustada, diz a Crispim que se vai embora se continuar a ser perseguida e se ele não fizer nada. João confessa a Artur que está apaixonado por uma mulher que lhe mete muito medo, pois ele é muito tímido. Artur insiste em saber por quem João está apaixonaddo e este confessa-lhe ser Henriqueta mas pede-lhe segredo.
Crispim conta a Armando que assassinaram Henriqueta. Enquanto isso, na Esquadra, Bandeira é interrogado pelo chefe Moreira. Crispim chora a morte de Henriquete. Artur está preocupadp. Em casa o ambiente é de alegria. Beatriz está entusiasmada com a festa de Octávio. No cabaret o ambiente continua de grande tristeza e todos choram. João diz a Artur que a polícia já tem um suspeito.
Artur fica perturbado, pois o Cabaret está encerrado. Em casa, Lourenço e Beatriz falam sobre a festa de Octávio. Enquanto isso, Artur vai com Luísa ao alfaiate experimentar um fato para a festa. Chefe Moreira desconfia de Bandeira. Pede ao agente Augusto para lhe abrir a casa deste com uma gazua. Marinela vai buscar as coisas de Henriqueta e tenta seduzir Bandeira, mas sem sorte. Marinela recorda Henriqueta. Começa a festa de Octávio. Artur convence Arnaldo a aproximar-se de Ludovina.
Arnaldo aceita a proposta de Artur para ir para Angola. Artur fica bastante feliz com a notícia. Bandeira, após ter sido interrogado, pede ao chefe Moreira que fale com a mulher com quem esteve na noite do crime. Crispim, bastante triste, chega do funeral de Henriqueta. Marinela diz-lhe que Bandeira foi preso e Crispim fica surpreendido com a notícia. Artur e Arnaldo, enquanto passeiam, comentam alegres a sua viagem para Angola. Augusto diz a Moreira que Bandeira, apesar da pancada, continua a afirmar que é inocente. João vai até ao cemitério e reza junto à campa de Henriqueta. Crispim e Lutécia fazem as pazes. Crispim diz-lhe que acha que a morte de Henriqueta prejudicaria o negócio e Lutécia anima-o.
No cabaret, Crispim ordena a Marinela que corte nas bebidas. Muda de ideias ao ver o agente Augusto. Beatriz acha que o filho deve casar. Octávio pergunta à irmã por Ludovina. Luísa responde rapidamente e Octávio aproveita para dizer mal de Artur, que entra. Octávio insiste em ironizar e Artur responde-lhe em tom pacificador. A noite continua agitada no Cabaret. Augusto pede mais bebidas a Marinela. Esta pergunta se foi Bandeira que matou Henriqueta e elogia Bandeira. No dia seguinte, na esquadra, Chefe Moreira insiste em saber com quem Bandeira esteve antes do jantar com Lutécia. Bandeira acede dizer o nome se Moreira não contar nada ao marido dela.
Lutécia atua no cabaret. Na assistência, estão Arnaldo e Artur. Arnaldo diz-lhe que está preocupado com a falsificação do diploma. Artur pede-lhe um voto de confiança. Em casa, Octávio, Luísa e Ludovina conversam. Octávio diz que anda à procura de noiva e pede para falar a sós com Ludovina. Chefe Moreira desconfia que Sibila mentiu. Este sugere ao agente Augusto que vá até ao Cabaret ver o ambiente. Octávio, sem assunto, tenta uma aproximação a Ludovina. Esta fala-lhe de amor e sai. No escritório, Crispim está preocupado pois tem meia casa e precisa de uma nova vedeta. Marinela avisa-o da presença de Augusto. Já no Salão, Crispim aproxima-se de Augusto, mas este não lhe dá novidades.
No jardim, Ludovina encontra-se com Arnaldo. Enquanto os dois se beijam, Octávio observa-os. Artur arruma o arquivo. João diz-lhe que vá para Angola sem problemas pois ele fica a ajudar o pai. Ludovina jura amor eterno a Arnaldo. Sibila sente-se infeliz na sua solidão. Bandeira vai visitá-la. Sibila troça dele e ele beija-a à força. O marido entra e surpreende-os. Em casa, Artur dança feliz com a proximidade da viagem. Beatriz entra e desconfia. Luísa conta à mãe a intenção de irem para Angola. Sibila fica inquieta por causa do marido. Ouve-se um tiro. Beatriz não consente a ida para Angola, mas Luísa enfrenta-a.
Bandeira está na cama com Lutécia. Irritado, diz que não entende porque é que todos o tratam mal. Lutécia tenta acalmá-lo, mas ele pede que ela o deixe em paz. No cabaret, Arnaldo bebe para esquecer a tristeza da separação de Ludovina. Durante o jantar, em casa, continua a discussão sobre a partida de Artur e Luísa para Angola. Artur responde ao sogro que vai trabalhar nas obras públicas, pois tem um curso técnico. Diz-lhe ainda que vai com Arnaldo e Octávio muda de atitude, porque Ludovina fica em Lisboa. Durante a tarde, Arnaldo e Ludovina passeiam e falam de casamento após o regresso. Por seu lado, Carlos e Maria, nostálgicos, estão preocupados com a partida do filho. Lourenço comenta as hipóteses de negócio em Angola. Octávio, cínico, propõe um brinde. Todos brindam ao sucesso da viagem. Octávio pede dinheiro ao pai e Artur adianta-se com 500$00, agradecendo a simpatia do cunhado.
Crispim está no escritório. Entra em pânico ao descobrir que tem rugas... Na esquadra, o chefe Moreira está pensativo. Não consegue encontrar o fio à meada, senta-se e começa a sistematizar as ideias. Artur, feliz, diz à mulher que conseguiu os 3 contos. Planeiam ir festejar a partida. Chefe Moreira risca a hipótese de Bandeira ser o assassino e menciona suspeitar do admirador secreto e do homem que falou à tarde com Henriqueta. No cabaré, Glorinho ensaia sapateado. Crispim, lacrimejante, queixa-se que ninguém gosta dele. Glorinho diz-lhe que ele está assim por causa das rugas, o que o enfurece. Chama Marinela e diz-lhe que é uma alcoviteira. Marinela reage e manda-os fazerem limpezas porque se vai embora. Luísa manifesta ciúmes de Sibila. Artur sossega-a. Vitória acha estranho que Sibila queira ficar à frente do Banco. Em casa, Beatriz está triste porque a filha vai partir. Lourenço, indiferente, oferece-lhe vinho do Porto para ela não pensar mais no assunto. Esta reage agressivamente, atirando o copo ao chão. Crispim pede perdão a Marinela e pede-lhe que não o abandone. Em casa de Lourenço e Beatriz, o ambiente é constrangedor. Octávio entra e goza com o pai. Beatriz sai da sala irritada. Luísa segue a mãe e Lourenço convida Artur para beber um Porto. Luísa tenta confortar a mãe. Diz que ela é feliz e que isso a devia deixar descansada, promete voltar o mais rápido possível. Artur, Lourenço e Octávio conversam sobre o facto de os homens não chorarem, Artur convida-os para a festa de despedida. Moreira conclui que a chave do mistério se encontra no cabaré do Crispim, combina com Augusto irem lá nessa noite. Artur e Luísa chegam ao cabaré. Crispim recebe-os e segreda a Artur que lhe quer apresentar uma pessoa. Arnaldo dança com Luísa, Artur com Ludovina, que a passa a Octávio. Crispim apresenta os polícias a Artur e pergunta pelo irmão que está desaparecido. Moreira pede a Artur que esteja no Governo Civil no dia seguinte.
Artur e João combinam o que dizer à polícia. Artur fala primeiro para os preparar para o carácter tímido do irmão. Artur está a ser vigiado. No cabaré, Artur pede desculpas a Luísa pelo atraso. Marinela dá a chave de casa de Bandeira a Arnaldo, para se encontrar com Ludovina. A mãe de Ludovina aparece e leva a filha. Em casa, discute com a mãe. Esta tem informações sobre Arnaldo e proíbe-a de o ver. Ludovina sai. Chefe Moreira recebe informações do detetive que seguiu Artur, mas não diz nada a Augusto. Na manhã seguinte, no quarto, Luísa está inquieta com a atitude da mãe de Ludovina. Artur vai despedir-se dos pais, pois é o dia da partida. Beatriz não se conforma com a partida da filha. Lourenço diz-lhe que quem boa cama faz nela se deita. A caminho da esquadra, Artur diz a João para confiar nele. João está bastante nervoso. Ludovina diz que vai sair de casa. Luísa diz-lhe para não fazer isso e arranja maneira de ela se despedir de Arnaldo. Na esquadra, Moreira olha seriamente para Artur e João e este fica aterrorizado. Arnaldo e Ludovina encontram-se na praia. Fazem promessas de amor eterno e combinam casar-se e ter filhos. Artur presta declarações. Esclarece que sobre o crime não sabe nada, mas que pode explicar o relacionamento de Henriqueta com o seu irmão. Termina o interrogatório. Moreira fica fascinado com a inteligência de Artur Alves dos Reis. Ludovina e Arnaldo prometem esperar um pelo outro. Chefe Moreira interroga João. Este confessa que admirava Henriqueta, mas nunca lhe escreveu bilhetes. Ao assinar o depoimento, Moreira compara a letra e vê que ele mente. No cabaré, Marinela ensaia uma canção. Crispim manda-a continuar as limpezas. Ela pede-lhe uma oportunidade. Ele diz-lhe para não perder tempo com disparates. Já na agência, Artur e João estão satisfeitos com o resultado do interrogatório. Artur vai até casa para se despedir dos pais. Em casa dos sogros, Luísa e Artur despedem-se da família. Lourenço faz um b
Dois anos depois. Angola Artur e Luísa fazem um piquenique e falam do nascimento do primeiro filho. Nas obras públicas, Arnaldo supervisiona a construção de uma rede de esgotos. O engº Queirós pergunta por Artur por causa de uma informação sobre locomotivas. Arnaldo não sabe o que responder. Durante o piquenique, Artur comenta com Luísa que não está contente com os 200$00 que ganha nas Obras Públicas. Comenta que quer conquistar os caminhos de ferro e depois as minas. Para tal já vai receber pessoas importantes nessa noite. No cabaré, Marinela está irritada com a infidelidade de Octávio. Este, bêbado, declara-se a Isabel. Em casa da mãe, Ludovina está embriagada. Dança com uma garrafa. Isaura pede-lha e ela deixa-a cair no chão. A mãe quer que ela vá para casa do marido. Ludovina está triste porque nunca casou com Arnaldo. A mãe relembra-a de que ele nunca respondeu às cartas. Ludovina decide ir para casa. Octávio confessa a Isabel que roubava a correspondência entre Arnaldo e Ludovina para poder casar com ela. Isabel, indignada, afasta-se. Crispim terá de fazer Isabel pedir desculpas ou despedi-la, se não quer perder um bom cliente. Octávio adormece embriagado. No escritório do cabaré, Crispim ameaça Isabel. Esta diz que Octávio não presta e conta-lhe o episódio das cartas. Crispim, apesar de se interessar pela história, diz que Arnaldo já não é cliente e Octávio deixa lá o dinheiro que ganha. Em casa, Artur diz a Arnaldo para não se preocupar com o jantar dessa noite e que este lhes vai abrir muitas portas. Ludovina chega a casa e queixa-se aos sogros , diz que não tem marido. Estes comentam a ausência de Octávio, que chega bêbado. Em casa de Artur o ambiente é de festa. Francisca demonstra interesse por Arnaldo. Florbela tenta seduzir Artur, deixando Luísa inquieta . No cabaré, Isabel pede desculpa a Octávio, enquanto este dorme sobre a mesa. Francisca continua entusiasmada com Arnaldo. Este mostra-se interessado. Luísa pede-lhe
Farto do emprego, Octávio pede dinheiro ao pai. Perante a recusa deste, Octávio avança em direcção ao pai, por fim arrepende-se e sai. Beatriz está preocupada com ele, mas Lourenço diz que o põe na ordem. No dia seguinte, Arnaldo está ansioso porque não entende nada de locomotivas. Artur argumenta que basta decorar os manuais para entender. Vai apresentar um projecto a Queirós. No hotel, Queirós critica a mulher pelo seu francês. Se continuar assim, ele revela onde ela aprendeu francês. Luísa está com ciúmes, pois acha que Artur deu demasiada atenção a Florbela. Artur diz-lhe que não há razões para ciúmes. Luísa sai arrependida. Zezé estonteante chega à cidade. Vê-se que tem encontro marcado. Surpreende dois rapazes com um número de magia. Crispim acorda Marinela para lhe mostrar a fatiota que vestiu para se encontrar com Zezé. Crispim encontra-se com Zezé . Vai actuar no cabaré. Crispim pergunta-lhe se é um homem solteiro, insinuando-se. Queirós quer que Artur venha trabalhar com ele. Artur diz que não é possível, pois encontra-se vinculado ao Estado. Queirós diz que é sem contrato. Artur pede 500$00. Arnaldo e Francisca passeiam e ele fica perturbado quando ela lhe pergunta se tem namorada em Portugal. Queirós aceita a proposta de Artur. Arnaldo conta a Francisca a sua história com Ludovina. Ela beija-o e ele corresponde com paixão. Ludovina e Augusta conversam sobre Arnaldo. Augusta aconselha-a a não beber. Crispim instala Zezé no camarim de Lutécia. Zezé não se importa de reparti-lo, mas Crispim, insinuando-se, diz que para repartir é com quem merece. Marinela fica boquiaberta quando vê Zezé. Octávio entra em casa e discute com Ludovina porque ela pensa em Arnaldo. Francisca e Arnaldo beijam-se. Francisca está apaixonada por ele, mas, como sente reticências, afasta-se. Queirós está feliz com a contratação de Artur. Florbela não gosta de Luísa, acha-a demasiado simpática. No cabaré, Crispim faz a apresentação da noit
Sibila e Vitória assistem ao espetáculo de Zezé. Agente Augusto aproxima-se da mesa e senta-se. Tenta meter conversa com as 2 mulheres, mas Sibila ameaça-o. Augusto levanta-se e sai preocupado. À saída vai pedir desculpas, mas Sibila obriga-o a beijar os pés de Vitória. Artur no escritório, cansado, adormece enquanto lê uns manuais. Luísa entra e ao vê-lo adormecido beija-o e sai. Primeiro dia de trabalho nos caminhos de ferro. Arnaldo está receoso. Apresentam-se a Queirós. Vão arranjar a locomotiva da linha 2. Ludovina acorda mais uma vez sozinha. Vai até ao salão e queixa-se aos sogros da ausência do marido. Lourenço defende o filho. Ludovina avisa se esta situação se voltar a repetir sai de casa. Na esquadra, Augusto conta a Moreira o que Sibila lhe fez no Cabaré. Moreira diz-lhe que o que é realmente importante é descobrir o homicida de Henriqueta. Sibila pergunta a Maria pelas suas preferências sexuais. Maria fica atrapalhada com a questão. Beatriz tenta acalmar a nora. Ludovina põe a hipótese de se divorciar, pois não é feliz. Beatriz fica comovida. Artur e Arnaldo tentam reparar a locomotiva. Recorrem à ajuda de um manual. Moreira comenta com Augusto que desconfia que ainda vai morrer alguém. Artur e Arnaldo, por mais que tentem não conseguem descobrir a anomalia da locomotiva. Apesar da ajuda do manual a locomotiva continua na mesma. Arnaldo quer desistir. Artur não descansa enquanto a locomotiva não andar. Zezé Estonteante passou a noite com Marinela.
Luísa, Felisberta e Florbela tomam chá. Luísa está preocupada, porque o marido anda a trabalhar muito. A locomotiva continua sem se mover. Por hoje já não vão a lado algum. Vão dar uma satisfação a Queirós e surpreendem-no com uma mulata. Octávio discute com o Pai por causa do estilo de vida de Octávio. Este, arrogante, chama o pai de encolhido e leva um estalo. Crispim chora porque pensa que Zezé desapareceu, pois procurou-o no hotel e ele não passou lá a noite. Marinela descansa-o, sem dizer que esteve com ele. Arnaldo encontra-se com Francisca na praia. Abraçam-se e beijam-se. Falam em compromisso. Octávio vai até ao quarto onde está Ludovina. Tenta levá-la dali, mas ela não vai. Octávio sai furioso. Queirós vai até casa de Artur pedir-lhe que este não conte a ninguém que o surpreendeu com uma mulata. Lourenço e Beatriz, falam sobre o quanto injustos foram com Artur. Lourenço diz que sempre o achou inteligente. Na esquadra, Agente Augusto e Chefe Moreira falam sobre uma nota de 100$00, que Augusto encontrou nos bolsos de um detido. Moreira pede-lhe que vá no dia seguinte ao Banco de Portugal comprovar se a nota é falsa ou não. Crispim está irritado, pois continua sem saber nada de Zézé. Artur continua a estudar manuais sobre locomotivas. Crispim vai até o camarim de Zézé e pede-lhe satisfações. Este diz-lhe que não tem nada a ver com isso e sai. Entra Lutécia, que pede um aumento a Crispim. Este mal disposto despede-a.
No Cabaré, Octávio faz juras de amor a Helena. Bandeira chegou de África. Abraça os amigos. Lutécia passa a chorar. Marinela vai ter com Crispim. Quer saber porque despediu Lutécia. Crispim diz que a despediu pois anda a dormir com Zézé. Marinela diz-lhe que está enganado pois quem dormiu com Zézé foi ela. Crispim fica furioso. Bandeira tenta ajudar Lutécia. Esta sente-se usada, tanto por Bandeira como por Crispim. Bandeira pergunta a Marinela sobre a sua casa. Crispim está triste com a revelação de Marinela. Octávio senta-se na mesa de Bandeira. Reconhecem-se e brindam. Artur pensa ter encontrado a solução para pôr as locomotivas a andar. Bandeira cumprimenta Crispim e ele manda-o embora, dizendo-lhe que sabe da prisão dele em Moçambique, deixando Bandeira irritado. No Hotel, Queirós irritado implica com a mulher. Diz que fez um mau negócio com a contratação de Artur. Artur e Arnaldo tentam por a Locomotiva a funcionar. Queirós, furioso vai até aos estaleiros. Artur puxa a corda e a locomotiva apita. Queirós ao ouvir o apito corre. A máquina avança uns metros. Bandeira expulsa Marinela e Zézé de casa. Marinela cai e bate com a cabeça no chão. Artur, Arnaldo e Queirós vão comemorar o sucesso da locomotiva.
Artur e Luísa oferecem um jantar em sua casa para comemorar o sucesso das locomotivas. Crispim e Marinela, mal humorados, respondem mal a Octávio. Este vai jogar. Queirós brinda ao sucesso da equipa e particularmente a Artur e Arnaldo. Florbela quer dar os parabéns a Artur. Florbela tenta seduzir Artur comparando-o com as estrelas. Luísa, escondida, escuta. Artur diz a Florbela que nunca seria infiel à sua esposa. Artur aconselha Queirós a comprar locomotivas novas. Artur acha que as pontes de Angola não aguentam. Glorinho goza com Crispim por causa de Zézé. Este diz que tem uma nova atração - Bernardette - e nem pensa em Lutécia. Crispim vai até o camarim de Zézé e desdenha o espectáculo. Este responde-lhe com uma ameaça. Octávio joga e perde, mas continua a jogar. Pede dinheiro emprestado para continuar a jogar.
Zézé conta a Marinela que no passado foi carteirista e sai. Marinela chora. Na sala de jogo Octávio continua a jogar e a perder. Pede 5 contos emprestados. Em Angola, Artur pede a Francisca para interceder junto do Pai, que é amigo do governador, para a compra das locomotivas. Bêbado, Octávio sai do Cabaré, cruza-se com Marinela que continua a chorar e nem a reconhece. Arnaldo questiona Artur sobre a venda das locomotivas, o que vão ganhar com o negócio. Artur responde-lhe: comissões. Marinela vagueia pela rua e chora. Ouve passos. Pensa que é Zézé. Uma arma dispara. Roubam-lhe as jóias e a mala. O corpo de Marinela fica estendido no chão. Grande agitação na rua. Uma luz ilumina um corpo de mulher, sem vida. É Marinela. No Cabaré, Crispim está inconsolável, Glorinho tenta acalmá-lo. Augusto e Moreira entram e fazem algumas perguntas. Crispim levanta suspeitas sobre Zézé. Na manhã seguinte Crispim dirige-se a casa de Lourenço e Beatriz. Procura Octávio, contratando-o para investigar o casa de Marinela. Chefe Moreira conversa com Sibila no Banco. Agente Augusto interroga Zézé Estonteante. Octávio diz a Crispim que vai ser canja descobrir quem assassinou Marinela. Na esquadra, Augusto comenta com Chefe Moreira que Zézé, mesmo depois de muita pancada, continua a dizer que está inocente.
Queirós vai até o escritório de Artur. Diz-lhe que o Governador deu ordem para a compra de uma locomotiva e que este quer conversar pessoalmente com Artur. Artur envia um ramo de flores a Francisca para agradecer a sua ajuda. Arnaldo não compreende tal gesto. Francisca explica-lhe que o Governador aceitou a proposta do Eng.º Queirós. Chefe Moreira, intrigado, analisa o caso dos assassinatos. Octávio, em casa, também estuda a encruzilhada. Artur comenta com Luísa, Arnaldo e Francisca que vai partir para Lisboa tratar da compra da locomotiva. Vitória encontra-se com Bandeira em casa deste. Vitória comenta que a polícia esteve no banco para conversar sobre a morte de Marinela. Bandeira, irritado, pergunta se falaram dele. Vitória, irritada, vai a casa de Sibila e pergunta-lhe se já teve algo com Bandeira. Sibila diz-lhe que sim e que ela e ele são uns fracos, só serve para servir. Dias depois... Artur chega a Lisboa. Vai até a casa dos pais, que ficam comovidos com a sua chegada. Beatriz comenta que Artur chega de Angola e que vai até lá a casa. Ludovina fica feliz com a notícia. Em Angola, Luísa conversa com Arnaldo. Comenta que sente que vai ficar só e que Artur vive numa vertigem que a assusta. Artur encontra-se com Beatriz e Lourenço. Estão cheios de saudades de Luísa.
Luísa recebe a visita de Queirós. Este traz notícias de Artur. Queirós questiona Arnaldo. Pergunta-lhe se acha que Artur seria capaz de ficar com a comissão da compra da Locomotiva. Em Lisboa, Artur vai até a casa dos sogros onde encontra Ludovina. Artur nota que esta está triste. No Cabaré, Bandeira tenta fazer as pazes com Vitória. Artur visita Sibila no Banco Guimarães e conta-lhe os projectos que tem para Angola. Octávio conversa com a mãe e conclui que a vida lhe trocou o destino com Artur. Na Ourivesaria, Artur compra um anel para Luísa. Segue para a agência onde encontra o irmão. Abraçam-se emocionados. Beatriz comenta com Lourenço que tem pena de Ludovina e do modo que o filho a trata. Lourenço, escandalizado, diz-lhe se está a pensar em divórcio. Francisca e Arnaldo passeiam pela praia. Arnaldo comenta que Queirós quer que ele e Artur fiquem a tempo inteiro nos caminhos de ferro. Artur vai até casa dos sogros conversar com Ludovina, sobre a relação desta com Arnaldo. Francisca e Arnaldo falam sobre casamento. Artur conversa com Ludovina. Quer saber porque se sente triste e bebe tanto.
Artur e Ludovina chegam à conclusão que alguém desviou a correspondência entre ela e Arnaldo. Sibila e Vitória, no quarto, discutem. Sibila diz-lhe que lhe paga para fazer o que ela quiser. Chefe Moreira confessa a Augusto que o segredo do mistério está no Cabaré. Artur e Sibila vão até ao Cabaré. Octávio vai até à mesa importunar Artur. Sibila dá-lhe 500$00 e manda-o desaparecer antes que ela o faça. Chefe Moreira diz a Crispim que conhece alguém que pode substituir Marinela. Ludovina sonda Beatriz sobre a correspondência para Angola. Beatriz recorda-se que Octávio se ofereceu para ir levar as encomendas aos correios. Octávio vai até à sala de jogo. No quarto, Ludovina está embriagada. Cambaleia e escorrega quando vai subir para a cama. Fica de joelhos a chorar. Octávio termina o jogo. Ganhou algum dinheiro e ainda conserva a nota que Sibila lhe deu. Juvenal e Queirós caminham pela rua embriagados. Juvenal questiona-o sobre Artur, se não tem receio de ser aldrabado. Queirós ri, e diz que Artur é um palerma para coisas de dinheiro.
Octávio, de ressaca, toma o pequeno-almoço. Ludovina entra e acusa-o de ter roubado a correspondência entre ela e Arnaldo. Octávio responde-lhe que está louca. Artur comenta com os vendedores da locomotiva que a comissão que recebeu com a compra desta já vai a caminho de Nova Iorque. Beatriz, assustada com o comportamento de Ludovina, pede à empregada que vá chamar a mãe de Ludovina. Artur encontra-se com Octávio e diz-lhe que sabe que foi ele que roubou a correspondência entre Arnaldo e Ludovina. Beatriz conta à mãe de Ludovina, D. Isaura, que a filha anda a beber. Esta responde-lhe que a causa do problema é Octávio. Na rua, Octávio bebe, enquanto olha uma fotografia de Ludovina. Isaura diz a Beatriz que o filho é um alcoólico, batoteiro e que passa as noites em companhia de outras mulheres. Sibila, está nervosa, pois Artur não a beijou porque ama a mulher. Lourenço conversa com Beatriz sobre Artur. Esta diz que Artur tem olho para o negócio. Agente Augusto diz a Chefe Moreira que viu Artur nos correios enviar um telegrama para Angola, onde informava que partia nesse dia.
Artur vai até a casa dos sogros despedir-se. Chefe Moreira conversa com Jaquina das Lentilhas. Informa-a que vai trabalhar no Cabaré, onde deve ouvir e ver tudo o que lá se passa. Artur vai até o quarto de Ludovina. Esta dorme, com uma garrafa vazia na mesa de cabeceira. Artur olha-a com pena e sai. Na sala, despede-se de Beatriz e Lourenço. Artur aconselha-o a investir em Angola. Queirós, eufórico, diz a Juvenal que a locomotiva já vem a caminho. Arnaldo lê a Luísa o telegrama de Artur. Felizes, porque Artur chega mais cedo que o previsto. Ludovina vai até casa de Bandeira. Lourenço discute com Octávio. Diz-lhe que tem de lutar pela vida, pois não é trabalhador, nem dedicado à família, como Artur. Bandeira põe um tango e convida Ludovina para dançar. Bandeira beija-a. Jaquina apresenta-se no Cabaré. Bandeira e Ludovina continuam a beijar-se. Ele pega-lhe ao colo e leva-a para a cama. Agente Augusto comenta com Moreira que Bandeira anda de novo a fazer vigarices em Lisboa.
Sibila reúne-se em casa com os diretores do Banco. Após analisar alguns dossiers, avisa-os de que se adivinham dias difíceis. No cabaret, Crispim ensina a Jaquina apenas alguns truques para poupar nas bebidas. Ludovina, embriagada, segue cambaleante pela rua. Cai e fere-se. Aglomeram-se algumas pessoas. Uma criada reconhece-a e vai avisar Beatriz. Arnaldo e Francisca passeiam pela praia. Falam sobre Lisboa. Francisca pergunta-lhe porque é que, de cada vez que se fala em Lisboa, fica triste. Beatriz fica nervosa com a situação de Ludovina. Octávio entra e Beatriz conta-lhe o sucedido. Este sorri irónico e diz que isto se vai tornar um hábito. Dr. Freitas pede para falar com Octávio em particular. Ludovina está a ficar alcoólica. Artur chega a casa. É recebido pela Luísa e pelos filhos. Entrega os presentes e conta algumas novidades de Lisboa. Artur revela a Luísa que Octávio desviou a correspondência entre Ludovina e Arnaldo. Momentos depois, este chega. Abraçam-se. Artur conta-lhe notícias de Lisboa. Bandeira vai até ao banco de Sibila. Sibila fá-lo esperar duas horas. Artur revela a Arnaldo que os caminhos de ferro de Angola estão falidos. Mas que o Estado investiu dez mil contos que estão a ganhar bolor nos cofres.
Bandeira é recebido por Sibila. Esta recebe-o com frieza e ironia. Bandeira diz que tem uns negócios em Angola e que necessita de dinheiro emprestado. Sibila diz que não lhe empresta dinheiro porque, apesar de parecer um bom negócio, ele é um vigarista. Em casa, Octávio é surpreendido pela avó a apalpar a empregada. Esta, ameaça deserdá-lo se não mudar de comportamento. Queirós lê irritado o jornal. Juvenal diz-lhe que foi enganado por Artur, pois a locomotiva é demasiado pesada para as pontes de Angola. Vai até a casa de Artur. Confronta-o com o jornal. Beatriz surpreende Octávio a revolver o quarto. Procura garrafas de bebida. Diz que Ludovina não volta a beber, pois todos o culpam, inclusive a avó que ameaçou deserdá-lo. Beatriz aconselha o divórcio. Artur diz a Queirós que é tudo falso, pois é um profissional e quer que a economia angolana floresça. Ludovina encontra-se com Augusta no jardim. Chora assustada. Lourenço diz a Beatriz que não admite um divórcio na família, é necessário encontrar outra solução para Ludovina e Octávio. Francisca comenta com Arnaldo que Artur disse a Queirós que ele ia conduzir a locomotiva nova para ver se as pontes aguentavam ou não, e que vai com a família. Arnaldo surpreendido vai falar com Artur. Octávio conta as novidades de Angola aos pais. Estes ficam preocupados pela segurança da filha e dos netos. Arnaldo discute com Artur e diz-lhe que perdeu a cabeça. Em Lisboa, João compra um jornal e vê a notícia sobre o irmão. Corre até à casa dos pais para contar. Arnaldo implora a Luísa que não vá com Artur na locomotiva.
Queirós pede a Felisberta que ela peça desculpas a Florbela. Esta acede quando Queirós promete levá-la até Paris. Luísa está preocupada com a viagem de locomotiva. Artur pede a Luísa que confie nele, tudo vai correr bem. Beatriz reza para proteger a filha. Vitória e Sibila no Cabaré comentam a noticia de Artur. Crispim pergunta a Octávio quais são os resultados da investigação sobre a morte de Marinela. Este pede mais tempo. Luísa prepara os filhos para a viagem de Locomotiva. Vão até os Caminhos de Ferro. Admiram a Locomotiva. Sibila comenta com a Maria a loucura de Artur. Bandeira vê a noticia de Artur. Ri. Vitória diz que pode ser louco mas é respeitado, inclusive por Sibila, que lhe deu 3 contos. Artur coloca a Locomotiva em marcha. Ganha velocidade. Ao lado da locomotiva segue Queirós, conduz alucinado por uma estrada de pó. A locomotiva aproxima-se da ponte. Luísa abraça os filhos. Arnaldo corre pela encosta; tenta alcançar Artur. Queirós no carro a par da locomotiva acena a Queirós. A locomotiva atravessa a ponte com sucesso. Chegam ao apeadeiro. Alegria dos presentes. Artur feliz abraça os filhos e beija Luísa. Arnaldo comovido abraça Artur. Queirós vai até ao Hotel comemorar. Dá a noticia a Rudolfo e Juvenal.
Comemora-se o feito de Artur. Este propõe um brinde aos presentes. Francisca diz que sempre acreditou que Artur fosse capaz. João, feliz, dá a noticia aos pais. Carlos e Maria abraçam-se . Artur prepara-se para discursar. Anuncia que vai deixar Angola. Espanto geral. Ludovina e Octávio, no quarto, voltam a discutir. Na sala, Lourenço e Beatriz estão incontrolávelmente felizes, pelo sucesso da viagem de locomotiva de Artur e Luísa. Artur revela a Arnaldo que a ponte que atravessou era a única capaz de resistir ao peso da locomotiva. Beatriz recebe uma carta de Luísa. Chora de felicidade ao ler. Os seus netos chegam no próximo vapor. Queirós vai conversar com Artur. Pergunta-lhe o que é necessário para ele não partir. Artur responde que já fez o que tinha a fazer em Angola, neste momento é mais útil em Lisboa . Arnaldo despede-se de Francisca. Diz que nunca a vai esquecer. No Banco Guimarães, Sibila anda de um lado para o outro. Está furiosa. Vitória entra atrapalhada. Sibila avisa Vitória que ou deixa de ver o José Bandeira, ou é despedida.
No Cabaré, Glorinho ensaia a nova cantora - Minucha. Crispim entra, irritado, e manda parar os ensaios. Diz que ela está demasiado vestida. Despede-os. Jaquina diz para se acalmar pois ninguém vai ser dispensado. Sibila avisa Vitória que Bandeira a vai desgraçar, por isso proíbe-a de o ver. Jaquina conversa com Crispim no escritório deste. Avisa-o que, se despedir alguém, vai queixar-se ao Chefe Moreira. Maria, Carlos e João conversam sobre o regresso de Artur. Sibila vai até casa de Bandeira. Este olha-a surpreendido. Sibila ameaça Bandeira com um revólver; ou deixa de procurar Vitória ou ela mata-o. Lourenço encontra-se com o Ministro. Combinam fazer negócio quando Artur regressar. Minucha atua no Cabaré. Bandeira conversa com Octávio no Cabaré. Pergunta-lhe, em, tom irónico, como está Ludovina. Octávio, embriagado chega a casa. Vai para o quarto e acorda Ludovina. Pergunta-lhe pelo amante e agride-a. Beatriz e Lourenço acordam com o ruído. Beatriz levanta-se e corre para o quarto de Octávio. Lourenço segue-a. Lourenço e Beatriz entram no quarto e ficam espantados com o que vê. Ludovina está no chão. Aproveita para fugir do quarto. Beatriz está em pânico. Ouve-se a porta da rua fechar. Lourenço diz a Octávio que mete nojo.
Ludovina chora na rua, em camisa de noite. Isaura, assustada, vai até casa de Beatriz. Lourenço sai para procurar Ludovina. Beatriz conta o sucedido a Isaura. Ludovina caminha pelo jardim. Senta-se num banco a chorar. Mais calma, deita-se e fecha os olhos. Lourenço continua à procura de Ludovina, sem êxito. Ludovina dorme num banco. Silenciosamente alguém se aproxima. Bandeira entra em casa. Leva Ludovina ao colo, desmaiada. Ludovina, acorda assustada. Senta-se na cama. Bandeira trata-lhe os ferimentos. Cansada adormece. Crispim está preocupado. Jaquina pergunta-lhe o que o aflige. Este confessa que está com dívidas. Lourenço chega a casa sem notícias de Ludovina. Nasce o dia. Uma carruagem aproxima-se da casa dos sogros. Saem Ludovina e Bandeira. Entram. Isaura abraça a filha. Ludovina, envergonhada, sorri. Agradecem a Bandeira por ter cuidado de Ludovina. Crispim vai até ao banco de Sibila pedir um empréstimo. Sibila não aceita, mas faz-lhe uma proposta. Compra o cabaret e Crispim gere os espectáculos. Crispim pede tempo para pensar. Artur chega a Lisboa com Luísa e os filhos. É recebido no largo da igreja pelos pais de ambos. Em casa dos pais, Luísa vai conversar com Ludovina. Esta tosse. Abraçam-se comovidas. Arnaldo vai até ao cabaret. Fica deslumbrado, passado tanto tempo. Encontra Bandeira. Chefe Moreira e o Agente Augusto comentam a chegada de Artur. Artur conversa com Ludovina. Pergunta por Arnaldo.
Lourenço fala dos projectos futuros com Artur. Prioritariamente Artur quer uma casa. Lourenço insiste para que eles fiquem lá a viver até encontrarem o que realmente desejam. Inquieto, Carlos diz a Maria que está preocupado com o filho, pois sentiu que a ambição deste é demasiado grande. Maria acha que, além de Artur estar cansado da viagem é e será sempre um sonhador. Arnaldo e Bandeira divertem-se no cabaret. Jaquina discute com Crispim por ter entregue a gerência do cabaret a Sibila. Sibila, Crispim e Vitória reúnem-se no escritório. Vitória informa que a contabilidade da casa está confusa, pois não existem registos de caixa e lista de fornecedores. Crispim com pesar diz que era a Henriqueta que organizava as contas. Gisele prepara-se para actuar. Crispim anuncia a atração da noite. Quando Gisele pisa o palco, Bandeira reconhece-a como uma antiga namorada que teve em Paris. Lourenço conversa com Artur sobre negócios. Deseja que o genro trabalhe com ele, mas Artur responde-lhe que os investimentos dele serão em Angola, terra rica em ouro e pedras preciosas. Gisele em casa de Bandeira. Recordam a velha paixão. Luísa e Ludovina combinam ir até ao Jardim da Estrela, com Augusta. Sibila recebe o detetive que a informa ter encontrado a irmã Lisete. Sibila pede-lhe que a vá buscar. Que a contrate para actuar no cabaret "Flor de Lotus", independentemente do dinheiro que Lisete pedir. As três amigas passeiam no Jardim da Estrela. Arnaldo e Ludovina encontram-se casualmente. Não conseguem dizer nada um ao outro. Arnaldo afasta-se
Queirós vem de Angola pedir a Artur que volte, pois os Caminhos de Ferro sem ele entram em declínio até à ruína. Arnaldo depois do encontro com Ludovina sai apressado do jardim, quase choca com Bandeira. Ludovina entre os que passeiam no jardim, tenta em vão encontrar Arnaldo. Abatida abandona o jardim com Luísa e Augusta. Arnaldo e Bandeira vão para uma esplanada, quando se sentam reparam em Octávio que está sozinho e bebe. Octávio levanta-se, abandona a esplanada sem ver Arnaldo e Bandeira. Artur vai a casa de Sibila. Esta pergunta-lhe qual o golpe que ele está a preparar. Artur acaba por admitir que a ela não lhe pode esconder nada, pois conhece-o melhor que ninguém. Confessa-lhe que o Governo angolano está disposto a entregar-lhe cem mil contos para recuperação dos Caminhos de Ferro, e que está a pensar em comprar parte das acções da Ambaca, Companhia que explora as minas do Sul de Angola, e aplicar o restante nos Caminhos de Ferro. Artur e Luísa vão ao cabaret. O espetáculo está no auge. De repente Artur repara em Gisele que se dirige à mesa de Bandeira. Artur tenta não olhar mas não é capaz. Depois os olhos de ambos cruzam-se, ficam hipnotizados. Luísa atenta ao espectáculo não percebe. No dia seguinte Queirós volta a encontrar-se com Artur. Quer saber qual a sua decisão. Artur responde-lhe que aceita se tiver plenos poderes, sem ter que prestar contas a ninguém. Queirós responde-lhe que assim será, entrega o contrato para Artur assinar, agradece-lhe e sai. Vitória continua a fazer o balanço do cabaret e descobre que alguém tem andado a roubar. Comenta com Crispim.
Ludovina na sala lê um livro. Tocam à porta. Deolinda informa Ludovina que é um homem para Artur e pergunta se manda entrar. Ludovina responde-lhe que sim, ela fará companhia. É Arnaldo. Quando vê Ludovina vai sair mas ela não o deixa. Gisele encontra-se com o ministro. Senta-se ao seu lado e disfarçadamente tira da carteira um envelope, coloca-o no banco. São os planos da Alemanha no que respeita à partilha de África. Arnaldo e Ludovina ficam sozinhos na sala. Arnaldo fala-lhe nas cartas que escreveu e que ela não respondeu. Ludovina pergunta-lhe se o Artur não lhe contou nada sobre o assunto. Preocupada pede para Arnaldo sair, pois Octávio está a chegar. Arnaldo chateado, sem perceber nada do assunto das cartas decide ficar à espera de Artur, para que lhe conte a história. Ludovina acaba por lhe dizer que as cartas foram desviadas por Octávio. Arnaldo furioso esbraceja. Ludovina tenta acamá-lo. Quase se beijam. Entra Beatriz, que ao ver Arnaldo lhe diz que Artur o espera na esplanada. Octávio chega e começa a fazer as malas. Informa Ludovina que vão os dois para as termas. Artur e Sibila vão ao cabaret. Gisele está a actuar é a sua última noite. Artur não consegue tirar os olhos do palco. Sibila irónica comenta o facto. Jaquina informa Chefe Moreira que em relação às mortes, ainda nada sabe, mas que o Crispim anda a roubar. Sibila confronta Crispim, diz-lhe que se ele volta a roubar vai parar à prisão.
Animação no cabaret. Queirós e Artur estão numa mesa a um canto. Queirós está preocupado. Artur tenta convencer Queirós a investir em novas áreas em Angola. Em casa Beatriz e Luísa jogam crapô. Lourenço elogia Artur dizendo que é um homem de negócios moderno com alma de conquistador. Decide fazer uma festa em sua homenagem. Beatriz não acha o momento conveniente, pois Ludovina está doente. Luísa comenta com a mãe que não acredita que Ludovina recupere. Artur sai do cabaret acompanhado de Queirós. Está perdido de bêbado. Artur ajuda-o a manter-se de pé. Queirós diz que há muito não se divertia tanto. Artur diz que foi merecido, para comemorar os grandes projetos para Angola. Artur chama um táxi, mete Queirós no carro e despede-se. Surge Jaquina, desconfiada diz a Artur que tem a sensação que enganou Queirós, pois é um homem perigoso. Nasce o dia. Chefe Moreira escreve à máquina. Acaba o que está a escrever, tira o papel da máquina e olha-o. Diz para si próprio: "Quem tudo quer tudo perde... caríssimo Engº Alves dos Reis". Lourenço diz a Artur que vai oferecer uma festa em sua honra essa noite. Passa o dia. Inicia-se a festa. O salão está cheio de convidados. Lourenço apresenta o Ministro Nuno Simões e o Ministro da Agricultura a Artur. Maria e Carlos jantam em sua casa. Maria diz que deviam ter ido à festa. Carlos pergunta o que é que iam lá fazer, pois é uma festa de negócios, e não gosta de ver o filho na alta roda. Tem o pressentimento que algo vai correr mal. A festa continua. Lourenço discursa e elogia Artur. Chefe Moreira chega à esquadra. Augusto dorme sentado na cadeira do chefe. Moreira entra e acorda Augusto, que assustado cai. Chefe Moreira informa Augusto que no dia seguinte tem de estar na esquadra às sete da manhã pois vão prender um burlão. Luísa e Artur no quarto, conversam. Artur diz que está muito confiante nos seus novos projectos. Batem à porta. Lourenço em roupão vai abrir. É o chefe Moreira. Pede para falar com Artur. A
Artur é interrogado por chefe Moreira na presença de um juiz. Lourenço, Beatriz e Luísa em casa estão preocupados. Luísa diz que não consegue esperar mais e que vai até à esquadra saber o que se está a passar. Augusta entra, já sabe o que aconteceu. Luísa sai, Augusta hesita mas depois vai atrás dela. Artur em vão tenta convencer Agente Augusto da sua inocência. Arnaldo está só numa esplanada. Chega João que lhe conta o que se passou com o irmão. Arnaldo e João dirigem-se à Agência Funerária. Carlos que se encontra na Agência também já sabe do sucedido. Arnaldo está preocupado com o que pode acontecer. Luísa chega à esquadra e Agente Augusto informa-a que o marido foi preso. Pede-lhe que o deixe ver nem que seja por cinco minutos apenas. Agente Augusto cede. Lourenço e Beatriz já têm conhecimento da situação do genro. Vitória entra no salão excitada e diz a Sibila que Artur foi preso. Sibila confiante, acredita que não apanham com facilidade Artur. Octávio e Ludovina regressam das termas. Ludovina vem visivelmente doente. Octávio chega mal humorado mas sorri quando sabe da prisão do cunhado. Arnaldo vai visitar Artur à prisão. Arnaldo parece mais preocupado que Artur. O ambiente desanuvia-se, riem e, juntos, fazem juras de fidelidade. No jornal sai a notícia de que "Alves dos Reis burlou os caminhos de ferro de Angola". Esta notícia causa irritação e indignação aos que a lêem. Mas ao contrário dos outros, Artur lê uma notícia no mesmo jornal que o faz sorrir. "Deputado denuncia a emissão de notas sem apoio de reservas de ouro". Artur comenta com Arnaldo. Arnaldo não a entende. Artur pede-lhe então que lhe compre tudo sobre o Banco de Portugal, legislação, emissão de notas e circulação da moeda. Arnaldo, incrédulo, chama-lhe doido.
Agente Augusto e chefe Moreira comentam a notícia sobre o julgamento de Artur ser no dia seguinte. Em casa, Luísa chora. Ludovina tenta acalmá-la. Na cela, Artur estuda. Tira apontamentos, consulta livros. Chefe Moreira aparece e fica surpreendido com a atitude de Artur. Repara que estuda finanças. Irónico, pergunta se está a pensar abrir um banco. Moreira informa-o de que o julgamento será no dia seguinte. Sibila lê a notícia sobre o julgamento. Na rua, João discute com um homem que acusa Artur de vigarista. Sibila conversa com Vitória sobre a notícia e diz que a Justiça não está preparada para enfrentar a inteligência de Artur. Queirós vai até à prisão conversar com Artur. Diz-lhe que vai testemunhar no julgamento, mas não sabe o que dizer. Arnaldo visita também Artur. Artur diz-lhe que se prepare, pois quando sair em liberdade vão iniciar o caminho para a glória. Passa a noite... Luísa, Lourenço, Beatriz e Ludovina estão prontos para sair. Beatriz, confiante, diz a Luísa que em breve vai ter o marido ao seu lado. Inicia-se o julgamento. Lourenço conversa com o ministro Nuno Simões, a quem pede para interceder por Artur. Arnaldo e Queirós testemunham a favor de Artur. É chamado a depor o administrador dos Caminhos de Ferro, que acusa Artur. O julgamento continua. Artur é ouvido novamente. Defende-se dos ataques do juiz.
Luísa, apressada, sai de casa. É o dia da leitura da sentença de Artur. Lourenço, preocupado, diz a Beatriz que tem receio do que possa acontecer. No interior do tribunal, Queirós diz a Arnaldo que Artur o conseguiu convencer a testemunhar em seu favor. No quarto, Ludovina e Octávio discutem, Ludovina sai e Octávio segue-a. Na escada, continuam a discussão perante o olhar reprovador de Beatriz e Lourenço. Inicia-se a leitura da sentença. Nervosismo na sala. É decretada a absolvição de Artur. Alegria na sala. Artur abraça Luísa. Seguem para o cabaré, onde festejam a decisão do juiz. Artur diz a Arnaldo que necessita de conversar com ele, mas não ali. Irritado, chefe Moreira comenta com o chefe Augusto a libertação de Artur. No cabaré a festa continua. Queirós propõe um brinde. Ludovina, Lourenço e Beatriz, em casa, também festejam a notícia. Mais tarde, Artur encontra-se com Arnaldo na agência funerária do pai. Pede para o escutar com atenção, pois esta é uma questão de Estado.
No Cabaré, Bandeira ,Artur e Arnaldo e conversam. Bandeira pergunta a Artur qual o motivo de tal reunião tão importante que o fez regressar da Holanda. "É um assunto de Estado" responde Artur, que começa a contar o plano. Diz que passa por Angola e pela falta de papel-moeda em Portugal, criando notas "fantasma". Convence ambos que estão a trabalhar para o Estado português. Em casa, Sibila está acompanhada pelo Governador do Banco de Portugal (Inocêncio) e pela mulher (Palmira). Conversam sobre o estado do País. Inocêncio diz que o futuro está em Angola. Sibila responde que tem um amigo que pensa o mesmo. Conversam sobre Artur. Jaquina vai até a esquadra encontrar-se com o chefe Moreira. Conta-lhe que Artur esteve reunido com Arnaldo e Bandeira no Cabaré e que o assunto era importante. Falavam num negócio de muitos milhões. Em casa, Luísa queixa-se a Artur que passam pouco tempo juntos. Este responde que tem um negócio entre mãos que, ao concretizar-se, irá passar o resto dos dias a seu lado sem fazer nada. Curioso, Lourenço, questiona-o sobre tal negócio, ao que Artur responde que ainda é cedo para contar. Bandeira diz a Arnaldo que não confia em Artur. Ludovina e Beatriz conversam sobre a tuberculose. Ludovina está preocupada com a tosse insistente que tem há algum tempo. Pergunta a Beatriz se o médico lhe disse algo sobre o seu estado de saúde que ela não saiba. Nervosa, Beatriz responde que não. Artur termina de jantar e sai. Diz a Lourenço que vai ter com uns Holandeses para tratar sobre o tal negócio. Ludovina tem um ataque de tosse durante o jantar. Arnaldo e Bandeira aguardam Artur à porta da agência funerária. Surge Artur. Bandeira conta que já falou com o irmão e que este conhece as pessoas indicadas para este negócio. Artur pede-lhe que marquem um encontro com estas pessoas em Paris. Já no Cabaré, Bandeira volta a dizer a Arnaldo que não confia em Artur. No escritório do Cabaré, Crispim vê 2 fotografias. São de Marinela e
João e Vitória saem juntos do cabaré. Beijam-se. Crispim observa a cena. Na manhã seguinte, Lourenço e Beatriz tomam o pequeno-almoço. Surge Luísa, que comenta com o pai que Artur se foi encontrar com o ministro das Finanças. Artur está no notário e leva consigo o documento que fez na noite anterior. Vai reconhecer a sua assinatura. Já em casa falsifica novamente o documento, acrescentando duas assinaturas. Arnaldo e Bandeira estão cansados de esperar por Artur e vão para o hotel onde está Marang. Artur vai até o Consulado Francês autenticar o documento. Refere que é um contrato que necessita do reconhecimento do consulado. Bandeira apresenta Marang a Arnaldo. Chega Artur. Retira da pasta o contrato sem as assinaturas autenticadas. Diz que é a minuta do contrato que o Estado lhes encomendou e necessita ser passado a limpo. Diz que foram incumbidos pelo Estado Português de mandar imprimir cem mil contos em notas de mil e quinhentos escudos com a finalidade de recuperar a economia angolana. Surpresa geral. Artur continua a explicar o negócio. Ludovina e Luísa passeiam no jardim. Ludovina sente-se mal e desmaia. É redigido um novo contrato. Artur sai para autenticar o documento. Marang adianta-lhe 600 libras para os primeiros pagamentos. Já em casa, Ludovina é vista pelo médico. Artur, em casa, continua a falsificação do documento. Beatriz, Luísa e Lourenço conversam com o médico. Ludovina está muito doente e este recomenda que seja internada num sanatório. Octávio chega bêbado. Arnaldo, Bandeira e Marang aguardam ansiosos por Artur. Lourenço e Beatriz discutem com Octávio. Artur aproveita a agitação e sai. Artur encontra-se novamente com Marang, Arnaldo e Bandeira. Diz que podem iniciar o processo de emissão das notas. Marang analisa o documento que Artur falsificou e conclui que está tudo em ordem. Passam alguns dias... Lourenço pergunta a Luísa se tem notícias de Artur. Está intrigado por não saber qual o motivo da viage
Artur, irritado, sai do quarto. Dá de caras com Gisele. Ambos ficam surpreendidos. Em casa, Luísa está preocupada. Olha uma fotografia de Artur. No corredor do hotel em Paris, Artur conversa com Gisele. Ele evasivo, ela bastante à vontade. É perceptível uma forte empatia entre os dois. No quarto, Marang e Hennies discutem. Bandeira tenta acalmar os ânimos. Discutem sobre Artur, se este tem capacidade de liderar o negócio que vão fazer. Artur entra e pergunta qual foi a decisão que tomaram. Estão todos do lado de Artur. Arnaldo passeia no jardim. Aguarda Luísa que entretanto chega. Confessa a Luísa, que está muito preocupado com a saúde de Ludovina. Pede a Luísa para arranjar uma forma de se encontrar com ela. Bandeira, Marang, Hennies e Artur comemoram o negócio que vão fazer. João e Vitória, no cabaré, beijam-se. São observados por Glorinho e Crispim. Chefe Augusto pensa nos homicídios de Henriqueta e Marinela. Augusto diz que Jaquina ainda não descobriu nada no cabaré. Artur e Gisele passeiam no jardim. Seduzem-se. Gisele diz-lhe que Bandeira não representa nada para ela. Artur fala da sua grande paixão por Luísa. Gisele questiona-o em relação a Luísa e tenta beijá-lo. Ludovina dorme. Luísa olha-a. Sente-se insegura. Ludovina sonha agitada e delira. Chama por Arnaldo. Em casa, Sibila fuma nervosa e inquieta. Acabou de receber a visita de Crispim. Num acesso de cólera parte um prato e manda chamar Vitória. Gisele provoca ciúmes a Bandeira. Diz-lhe que não passa de um brinquedo. Irado, esbofeteia-a. Sibila discute violentamente com Vitória por causa de João. Sente-se traída. Gisele vai até ao quarto de Artur. Beijam-se. Vitória discute com Crispim por este ter contado a Sibila sobre a sua relação com João. A meio da discussão surge Sibila. Calma, diz a Vitória que deseja que ela seja muito feliz, pois merece. Artur e Gisele estão na cama. Artur está com a consciência pesada por ter feito amor com Gisele. Pensa em Luísa. Gisel
Jaquina conversa com Arnaldo no cabaré. Insinua-se a ele mas sem sucesso. Na cama, Artur pergunta a Gisele se acha possível amar duas mulheres ao mesmo tempo. Luísa passeia no jardim com Ludovina. Luísa diz que pressente que Artur tem outra mulher. Surge Arnaldo. Ludovina fica perturbada com a sua presença. Pede para se afastar dela. No hotel em Paris, Bandeira procura Artur no quarto. Repara num soutien caído junto à cama. No jardim, Artur passeia com Gisele. Esta diz que foi o destino que os uniu de novo. Gisele tenta saber qual é o negócio de Artur com Hennies. Bandeira, inquieto, anda de um lado para o outro com o soutien que encontrou no quarto de Artur. Hennies entra e fica surpreendido com a presença de Bandeira. Bandeira tem um ataque de ciúmes. Hennies diz-lhe para se acalmar. Conversam sobre Gisele. No quarto, Luísa conversa com Ludovina. Tenta perceber porque não falou com Arnaldo. Ludovina diz que iriam ser infelizes, pois Octávio nunca lhe daria o divórcio. Luísa diz a Beatriz que Ludovina já sabe que está doente. Ludovina escreve uma carta. Recorda quando conheceu Arnaldo. Artur conversa com Gisele sobre Luísa. João vai até ao cabaré. Maria e Carlos falam sobre João. João e Vitória, no escritório de Crispim, beijam-se. Crispim surpreende-os. Lisete actua no cabaré. Arnaldo pergunta a Jaquina de onde surgiu Lisete, que responde que foi Sibila que a contratou. Artur e Gisele fazem amor. São interrompidos por violentas pancadas na porta. Gisele vai abrir. São Bandeira e Hennies. Procuram Artur.
Bandeira, preocupado, lê a Hennies e Marang um telegrama de Artur, que diz que vai ser recebido pelo Governador do Banco de Portugal. Em Lisboa, na agência funerária, Artur olha uma nota de 500$00 e tenta "desenhar" uma assinatura semelhante à do Governador do Banco de Portugal. Lourenço comenta com Luísa que Artur anda com um comportamento estranho. Beatriz insinua que Artur tem outra mulher. Luísa irritada sai da sala. Lisete atua no cabaré. Numa mesa está Vitória, que é observada pelo agente Augusto. Crispim pede explicações a Octávio, pois este ainda não descobriu nada sobre a morte de Henriqueta e Marinela. Vitória sai do cabaré. Sem reparar é seguida. É atacada por um homem encapuçado que a ameaça com uma garrafa partida. Vitória grita enquanto luta. João, que caminha pela rua, ouve um grito de Vitória. Corre. Luta com o homem. No cabaré ouvem-se os gritos. Jaquina e Glorinho correm para o local. O homem consegue escapar. Surge o agente Augusto em auxílio. Jaquina vai até ao cabaré telefonar para um médico. Conta o sucedido a Crispim, que não estava presente. Perto do local, Octávio espreita a cena. Luísa conversa com Artur. Diz-lhe que têm de comprar uma casa só para eles, porque já não aguenta viver com os pais. Ao pequeno-almoço, Octávio conta a Luísa e Artur o que sucedeu a Vitória. Sibila questiona Vitória sobre o sucedido. Recebe a visita de Crispim, que vem acompanhado por Lisete. Lisete e Sibila olham-se com frieza. Na esquadra, Augusto e chefe Moreira analisam a arma do crime. Augusto diz que quem tentou matar Vitória foi João, ao que o chefe Moreira responde que é impossível. Augusto não compreende como Moreira pode ter tanta certeza. Este explica-lhe que as impressões digitais não correspondem às de João. Augusto não compreende o que são impressões digitais e acusa novamente João. Artur vai até uma tipografia. Faz-se passar por funcionário do Banco de Portugal e encomenda papel timbrado do gabinete do Governador.
Ludovina tenta conversar com Octávio sobre a sua doença. Octávio faz-se desentendido. Discutem. Octávio levanta a mão para Ludovina, mas suspende o acto. Artur vai até à tipografia levantar a encomenda que fez de papel timbrado do Governador do Banco de Portugal. Arnaldo vai à casa dos sogros de Artur falar com ele. Nervoso e apressado, diz a Artur que os ingleses só aceitam a encomenda das notas se houver um contrato com o Banco de Portugal. Nesse instante chega Octávio. Discutem com Arnaldo. Chefe Moreira analisa novamente a garrafa partida que serviu para agredir Vitória. Diz a Jaquina que tem a certeza de que quem tentou matar Vitória estava no cabaré. Prepara um plano com Jaquina. Lisete e Sibila tomam o pequeno-almoço juntas. Sibila convida-a para viver com ela. Lisete recusa, pois não consegue viver sem cantar. Hennies diz a Marang que Artur não pára de lhe pedir dinheiro. Está desconfiado. Bandeira acalma-o e diz que Artur é de confiança. Apenas é necessário dinheiro para iniciar o processo de impressão das notas. Nesse instante, em Lisboa, Artur acaba de dactilografar um contrato e assina-o. Hennies, Marang e Bandeira conversam sobre Gisele. Marang desconfia dela. Bandeira sugere a Gisele que se afaste de Artur. Ludovina e Octávio discutem novamente.
Artur entrega a Marang a carta do Governador do Banco de Portugal e o novo contrato. Pedroso e Inocêncio Camacho (Governador do Banco de Portugal) falam sobre a troca de notas de 500$00. Este, novamente no banco, vê um homem a trocar cinquenta mil escudos em notas de 500$00. Esse homem chama-se Arnaldo Ferreira. Arnaldo, no jardim, espera impaciente por alguém. Por trás surge Jaquina. Conversam. Arnaldo vê Ludovina. Em Paris, Artur diz a Hennies e Bandeira que Marang já está a caminho de Londres com o novo contrato. Hennies fica furioso por não ter visto o contrato. Chefe Moreira vai até ao cabaré. Faz algumas perguntas sobre Octávio. Lourenço conversa com Luísa sobre Artur. Nesse instante, em Paris, Artur está na cama com Gisele. Ela diz-lhe que vem para Lisboa com ele. Já em Lisboa, na agência funerária, Artur copia os números de série das notas de 500$00. No cabaré, Gisele assiste ao espectáculo de Lisete. Troca olhares com Arnaldo e Bandeira. Aproximam-se. Bandeira diz-lhe que ela já bebeu demais. Crispim e Jaquina observam-nos e comentam a presença de Gisele em Lisboa. Artur continua a verificar os números de série de notas de 500$00. Divide-as em vários maços. Arnaldo vai ter com Artur à agência. Está ansioso com o negócio. Artur acalma-o. Diz-lhe que tudo vai correr bem.
No cabaré, Gisele dança sozinha com um copo na mão. Bandeira, ao balcão, conversa com Crispim enquanto olham Gisele. Discretamente, Sibila entra. Lisete arruma as suas coisas. Entra Sibila. Despedem-se emocionadas, pois Lisete vai partir. Giséle canta no cabaré. Sibila entra na sala. Pára para olhar. Artur e Arnaldo caminham lentamente pela rua em frente à agência. Arnaldo está preocupado com Artur. Acha-o muito diferente. Está chocado com o facto de ele ter uma amante. Artur responde que ele próprio está chocado com o facto. Crispim diz a Gisele que ficou deslumbrado com a sua atuação. Convida-a para actuar no cabaré. Sibila está triste, sente-se só. Passeia pela casa enquanto chora. Maria entra e fica preocupada. Diz-lhe que está ali para ouvi-la. Sibila diz a Maria que apenas lhe resta ela. Em casa, Luísa acorda. Fica triste ao notar que Artur ainda não chegou. Na esquadra, Chefe Moreira acerta com Jaquina os pormenores da armadilha que está a preparar ao assassino. Amanhece. Artur continua a tirar os números de série e a organizar as notas. Bandeira dorme. Toca a campainha. É Artur. Diz-lhe para ir enviar um telegrama a Hennies e Marang com a ordem das assinaturas e os números de série. Lourenço conversa com Luísa sobre Artur. São nove da manhã e ainda não chegou a casa. Beatriz insinua de novo que Artur tem uma amante. Lourenço diz que vai ter uma conversa com ele. Artur está com Gisele. Fazem amor. Artur veste-se e sai. Gisele observa-o, triste. Artur chega a casa. Lourenço chama-o. Diz que tem um assunto muito importante para conversar com ele. Artur responde que não é o momento, pois tem de descansar, porque passou a noite a trabalhar. Luísa discute com Artur. Quer saber quem é a outra mulher. Artur responde que não há mais ninguém na sua vida.
As notas finalmente chegam. Hennies, Marang, Arnaldo, Bandeira e Artur festejam. Artur diz que o dinheiro não se destina a Angola como era previsto. Agente Augusto festeja com o Chefe Moreira, pois conseguiu resolver o seu problema de impotência. No Hotel, Artur faz a divisão do dinheiro. Bandeira fica eufórico com tanto dinheiro. Artur convida Hennies para fundar um banco - Angola e Metrópole. Chefe Moreira continua a analisar as impressões digitais dos copos que Jaquina lhe trouxe do Cabaré. Artur compra o Palácio do Menino d´Ouro.De seguida, vai até uma ourivesaria e compra um colar de diamantes para Luísa e uma pulseira para a mãe. Luísa fica maravilhada com o palácio, mas fica bastante intrigada, pois não sabe de onde veio tanto dinheiro. Artur diz-lhe que trabalha para o Estado português. Chefe Moreira descobre quem é o assassino. João conta ao irmão que se vai casar com Vitória. Artur oferece-lhe dois mil contos para comprar uma casa. No cabaré, festeja-se a detenção do assassino. Arnaldo manda fechar o cabaré por essa noite, para festejar a sua fortuna.
Artur convida os pais para uma festa na sua nova casa. Entrega à mãe a pulseira. Esta fica bastante feliz. Na festa, Artur apresenta Gisele a Luísa. Artur dá um maço de notas de quinhentos escudos a Octávio, para este se separar de Ludovina. Octávio aceita. Chefe Moreira é recebido no cabaré com aplausos. Momentos depois, no exterior do cabaré, Chefe Moreira pede Jaquina em casamento. Esta aceita e beijam-se. No Banco de Portugal, Motta Gomes e o Governador estão bastante preocupados com o aumento de circulação de notas quinhentos escudos. Pedem a um funcionário para examinar algumas notas para verificarem se são falsas. Beatriz, preocupada, conversa com Luísa. Pergunta-lhe se Artur tem algo a ver com o aumento de circulação das notas de quinhentos escudos. Depois de analisadas algumas notas, o Banco de Portugal conclui que as notas de quinhentos escudos que estão em circulação são verdadeiras. Não compreendem o que se está a passar. Crispim, faz as contas do cabaré e fica assustado com o grande numero de notas de quinhentos escudos que tem em caixa. Decide fechar o Cabaré até a situação estar normalizada. Luísa e Gisele vão juntas às compras. Sibila está bastante preocupada com o aumento de circulação de notas de quinhentos escudos.
Arnaldo e Artur conversam sobre o Banco Angola e Metrópole. Bandeira prepara-se para mudar de casa. Beatriz avisa Luísa que Ludovina está muito mal. Luísa corre para casa. Ludovina pede a Luísa para ver Arnaldo. O Governador do Banco de Portugal conta a Sibila que vai abrir um novo banco - o Angola e Metrópole. Sibila desconfia que quem está por detrás deste novo Banco é Artur. Ludovina morre nos braços de Arnaldo. Este promete-lhe amor eterno. Artur e Arnaldo tentam envelhecer as notas de quinhentos escudos, pois as pessoas desconfiam das notas novas. Sibila pede a Maria para avisar Artur que quer conversar com ele. Artur encontra-se com Gisele. Esta conta-lhe que Ludovina está bastante mal. Artur, ao entrar em casa, percebe que Ludovina morreu. Conforta Luísa. Na manhã seguinte, Sibila recebe a visita de Artur. Diz-lhe que sabe que ele está por detrás do aumento de circulação de notas de quinhentos. Pergunta-lhe se deve aceitar as notas no seu banco. Artur responde que sim. Passagem de tempo: 2 meses Durante um jantar, no Palácio Menino d´Ouro, Luísa surpreende Artur à conversa com Gisele de forma bastante íntima. Chefe Moreira visita o Banco Angola e Metrópole deixando Arnaldo bastante assustado. Luísa surpreende Artur e Gisele na cama.
Luísa e Artur discutem. Ele tenta explicar o sucedido. Luísa não aceita e diz que está tudo terminado entre eles. Bandeira informa Artur que receberam a autorização oficial para a abertura do Banco Angola e Metrópole. Gisele faz as malas. Prepara-se para partir. Despede-se de Artur. Arnaldo conta a Artur que receberam a visita do Chefe Moreira. Artur fica preocupado. Gisele vai conversar com Luísa antes de partir. Pede-lhe perdão e para perdoar Artur pois ele ama-a. Arnaldo visita a campa de Ludovina. Artur diz a Luísa que Arnaldo se foi embora. Pede-lhe perdão de novo. O Banco Angola e Metrópole é oficialmente inaugurado. O Banco de Portugal está cada vez mais intrigado com a multiplicação da das notas de quinhentos escudos. O perito do Banco de Portugal chega à conclusão que alguém do Banco de Portugal mandou fazer uma emissão de notas de quinhentos escudos. O governador fica preocupado pois, apenas um pequeno grupo de pessoas poderiam fazer tal coisa. A situação começa a tornar-se insustentável e as suspeitas em torno do súbito enriquecimento de Artur aumentam. O ministro das Finanças solicita a detenção de todos os responsáveis do Angola e Metrópole.
A polícia efetua buscas em casa dos Sogros e no Palácio do Menino d´Ouro. Bandeira e os funcionários do banco são presos pelo Chefe Moreira. Carlos e Maria assistem assustados à busca que a polícia faz em sua casa. São apreendidos maços de notas de quinhentos escudos, mas provas reais da implicação destes com o caso do aumento súbito de notas de quinhentos escudos não existem. É ordenada a prisão de Artur assim que ele desembarque de Angola. No Banco de Portugal, as notas continuam a ser vistas à lupa para encontrar alguma falsa. Artur e Luísa, no barco, regressam de Angola. Recordam os tempos felizes que viveram em Angola. Bandeira é interrogado. Diz que trabalhava para o Estado Português sob as ordens de Artur. Artur, ao desembarcar em Lisboa, é detido. Luísa segue, em pânico, para casa. Artur é ouvido pelo Juiz e pelo Chefe Moreira. Diz que trabalhou sob as ordens do Governador e administradores do Banco de Portugal. Chefe Moreira diz a Artur que vai prender Luísa. O Governador do Banco de Portugal é detido. Nesse instante Pedroso descobre as primeiras notas falsas. Motta Gomes também é preso. Artur encontra Luísa na esquadra. Artur despede-se dela e diz-lhe que possivelmente será a ultima vez que se vão ver.