Poluição, mudanças climáticas, enquanto alguns prevêem o Apocalipse, outros constroem o futuro inventando soluções para novos tipos de habitação. Como poderemos construir e respeitar ao mesmo tempo os princípios ecológicos e libertar-nos das normas? A resposta está na auto-construção. Empunhando uma colher de pedreiro, construindo a estrutura de um telhado, tornando-nos no nosso próprio empreiteiro, são maneiras muito tangíveis de nos envolvermos no desenvolvimento sustentável.
Não há necessidade de continuar a falar sobre a importância da água e da sua preservação: todos sabemos o quanto é essencial para o nosso bem-estar e até para a nossa sobrevivência. Como devemos lidar com este elemento vital nas construções verdes, mas também como usá-lo, uma vez que a água também é uma fonte limpa de energia?
A humanidade construiu com terra durante milhares de anos. Como é possível usar este material natural, reciclável e duradouro nas construções atuais, enquanto se tem que atender às necessidades e desejos das pessoas do século XXI? Os edifícios que lhe vamos mostrar em França, em Áustria e no Egito farão com que queira morar em casas assim tão naturais.
Ao reciclar, desperdiçamos e consumimos menos. Quando diariamente fazemos a separação de resíduos estamos a contribuir para que outros construam as suas próprias casas. Os edifícios têm bastante impacto no meio ambiente. 50% do uso de energia tem origem na construção.
Respeitar uma paisagem, um sítio natural excepcional, não significa necessariamente excluir toda a presença humana. Mas como podemos aproveitar essas áreas protegidas sem deixar uma marca indelével da nossa presença?
A determinação dos estados em promover a construção "verde" levou à implementação de numerosas normas sobre materiais e eficiência energética dos edifícios. Como podem aqueles que constroem edifícios inventar uma nova linguagem arquitetónica com um vocabulário rico, quando essas restrições parecem condená-lo a ser pobre? Pensando na paisagem circundante e no funcionamento do futuro edifício, e muito frequentemente, libertando-se dessas normas. Na Áustria, o tubo solar encerra ao mesmo tempo no seu nome o problema e sua solução: um tubo para aproveitar ao máximo o calor e a luz do sol. A construção projetada por Philippe Samyn parece um disco voador e, no entanto, este objeto não identificado colocado no campo belga é um produto puro da terra. O estudo da hospitalidade e comportamento dos hóspedes destes espaços incomuns fez com que fossem moldados como eles são.
Falar de ecologia num ambiente ultra-urbanizado não é uma causa perdida. É falar principalmente sobre a redução de emissões de CO2, mas também sobre a adaptação ao local, a uma paisagem urbana. Como poderão as megacidades ser o campo de testes para a arquitetura sustentável? A cidade de contentores de Londres combina bem com as docas nas quais foi construída. Estes contentores, empilhados como peças gigantes de Lego, apresentam uma solução verde e esteticamente original. O projeto BedZED em Londres, concebido pelas equipes de Bill Dunster, testemunhou uma profunda reflexão sobre a habitação, mas também sobre as atividades daqueles que vivem no próprio bairro. Em San Francisco, luxo, modernidade e ecologia coexistem perfeitamente na casa de John. Soluções muito simples foram aplicadas pela arquiteta Michelle Kreibel. Em Xangai, o Urbn Hotel é uma espécie de oásis nesta megalópole chinesa. Uma alternativa verde numa cidade sujeita a um urbanismo caótico.
Uma casa na árvore, o sonho de qualquer criança e uma que perdure na idade adulta. Estranhamente, porém, uma vez que temos que construir, tendemos a arrancar, cortar, a fim de construir até mesmo uma casa. Como poderemos construir habitações reais em harmonia com as árvores, respeitando a paisagem arborizada?
Tanto as crianças como os adultos precisam de educação. E, para isso, nada melhor que um exemplo prático, uma experiência compartilhada, uma demonstração em tamanho real. No seu apartamento parisiense, Eris Justman colocou em prática uma abordagem ecológica para viver o mais longe possível. E ele expandiu-a ao público em geral. As crianças da Escola Primária de Langouet, na Bretanha, ficaram conscientes dos problemas ecológicos graças ao seu edifício escolar que também funciona como uma ferramenta de aprendizagem. Numa ilha das Seychelles, que aparentemente não tem poluição, aprende-se que a natureza está sob ameaça em todos os lugares e o que se pode fazer para a salvar.
O painel solar é um dos emblemas da construção amiga do ambiente. Mas usar o sol como fonte de energia limpa não é o único aspeto a ter em conta quando se fala em arquitetura "verde". Como devemos proteger-nos do sol e viver com ele e com as suas potencialidades? Desde 1988 que Patrick Marcilli constrói casas em forma de discos voadores. "Domespace" é um exemplo de arquitetura visionária, em que a casa que gira de acordo com a rotação do sol. Em Paris, uma incubadora de empresas deve a sua boa aparência à instalação de painéis fotovoltaicos nas fachadas. Numa praia em Madagáscar que só é acessível por barco, um hotel de luxo é sustentado exclusivamente por energia solar. É pioneiro e um exemplo a seguir.
O vento faz parte de uma paisagem como a flora, a fauna, o relevo, os rios. É um elemento que os habitantes de uma região consideram ser imaterial e omnipresente. Como podemos usar o vento numa construção moderna? Como podemos aproveitar a sua energia? E ao mesmo tempo, como podemos proteger-nos do vento?
Poluição... Alterações climáticas... Enquanto alguns prevêem o Apocalipse, outros constroem o futuro. São os heróis da ecologia que já têm soluções para o habitat do amanhã. Nos dias de hoje, poupar energia é um ponto central na reflexão sobre arquitetura ecológica. Como convencer sobre a necessidade de mudar a forma de construção e os nossos comportamentos nesta matéria? Os heróis deste episódio mostram, cada um à sua maneira, que é possível construir edifícios mais eficientes em termos de energia e de investimento.
Um dos primeiros princípios da construção ecológica é a integração no meio ambiente circundante. Como pode a arquitetura adaptar-se à paisagem de forma subtil?
Hoje em dia as iniciativas ecológicas são valorizadas e apoiadas. Não foi há muito tempo que aqueles que assumiram a causa eram vistos como loucos ou utopistas bem intencionados. Como é que aqueles que há 20 anos já estavam ativamente em campanha e construindo casas verdes, aldeias, hotéis vivem hoje? Os vizinhos de Danielle e Wolfgang Leth ficaram perplexos quando eles construiram a sua própria casa decorada com painéis solares. Hoje, esses mesmos vizinhos invejam a sua conta de eletricidade! As casas feitas de terra de Peter Vetsch causaram muito debate no subúrbio residencial onde foram construídas nos anos 70. Hoje, o arquiteto continua desenvolvendo o conceito em todo o mundo. Na Bretanha, La Grée des Landes é uma continuação da visão ecológica de Jacques Rocher. O primeiro hotel e spa da reconhecida empresa de cosméticos é um modelo de construção ecológica.
Poluição, alterações climáticas... Enquanto alguns prevêem o Apocalipse, outros constroem o futuro. São os heróis da ecologia que já têm soluções para o habitat do amanhã. Como construir e respeitar os princípios ecológicos fazendo algo diferente da norma? A resposta é a autoconstrução. Manejar as ferramentas, assentar uma viga, tornar-se chefe da sua própria obra é uma forma concreta de se envolver num desenvolvimento sustentável.
Em Laurène situa-se um espaço rural diferente escondido na floresta, onde a arte contemporânea e os percursos florestais coabitam de forma original. Este espaço cultural foi criado pela Le Vent des Forêts, uma associação que há 17 anos se esforça por quebrar as regras do mundo rural e instalar uma cenografia ousada. É neste quadro que foram aparecendo várias cabanas de madeira que respeitam o ambiente e são um verdadeiro convite à contemplação.
A Finlândia tem uma das menores densidades populacionais do mundo. Florestas a perder de vista, longas estradas sem encontrar ninguém. Este território é o lugar ideal para os apaixonados pelos grandes espaços na natureza.
Um hotel de 5 estrelas, ateliês de artistas contemporâneos, estradas a perder de vista e um silêncio profundo: é tudo isto que vamos encontrar na longa viagem que nos leva até à Ilha de Fogo, na costa da Terra Nova, no Canadá.
Longe de crenças e dos contos de fadas, as construções de palha não se desfazem ao primeiro sopro do vento. Pelo contrário, estão a começar a seduzir os eco-construtores cansados do betão. A palha é um bom isolante, económico, está disponível em grandes quantidades e vários países começam a apostar neste género de construção. Conheça o caso de Nax, na Suiça.
Nos quatro cantos do mundo há famílias que escolheram uma habitação responsável. Um quotidiano mais simples e mais económico demonstra que este modo de vida é possível e compatível com a vida de uma família contemporânea.
Em quanto muitos ainda utilizam energias não-renováveis em grande escala, há homens e mulheres empenhados e inventivos que decidiram alterar os seus hábitos e criar habitações autónomas e independentes em termos de energia. Descubra-os neste Eco-Lógica.
É em Seattle, a maior cidade do estado de Washington, que continuamos a conhecer edifícios autónomos e independentes em termos de energia. O Bullit Center é 100% autossuficiente em termos energéticos e um edifício tecnológico de vanguarda.
Terra, o berço da vida. É graças a ela que tudo ganha raízes. Este recurso natural com propriedades extraordinárias é um material de construção incrível. Da antiguidade até aos nossos dias, a terra é uma escolha privilegiada para a construção de edifícios. Atrai pelas suas qualidades de isolamento, de custo e de aprovisionamento.
Invejado pela luz e o calor que nos dá, o sol é uma fonte de energia e de vida incrível. Captados pelos painéis fotovoltaicos os raios de sol satisfazem as necessidades energéticas de muitas casas, edifícios ou mesmo de bairros inteiros tornando-os auto-suficientes. Descubra tudo sobre as construções sustentadas a energia solar neste Eco-Lógica.
O Eco-Lógica continua a busca pela descoberta de construções sustentadas a energia solar. Desta vez segue viagem até à Guatelama.
Com um impato reduzido no ambiente, fácil reciclagem, aspeto estético e grande capacidade de adaptação os construtores de eco-habitats utilizam cada vez mais a madeira para construir casas ecológicas e económicas. Esta viagem do Eco-Lógica inicia-se numa agradável aldeia francesa.
O Eco-Lógica continua a busca por edifícios ecológicos e sustentáveis em que tenha sido utilizada madeira na sua construção. Na cidade de Besançon, em França, encontra-se "A Nova Cidade das Artes", um edifício com uma arquitetura inovadora e um exemplo de construção ecológica.
Seja debaixo da terra ou coberta de vegetação, a arquitetura camuflada tem uma vantagem inegável: ela funde-se com a natureza. Os edifícios integram-se perfeitamente com a paisagem que os rodeia, mas só vistos do céu é que estes edifícios demonstram a sua grandeza. Descubra-os neste Eco-Lógica.
Na busca pelos mais belos eco-habitats do mundo, construídos a pensar no desenvolvimento sustentável e no conforto, o Eco-Lógica decidiu dar a volta ao planeta para ir ao encontro dos construtores do futuro. Um campus universitário com 20.000 estudantes, bancas gastronómicas, neons, templos e arranha-céus a perder de vista fazem de Seul uma metrópole em constante mutação. Com um contraste forte entre a tradição e a modernidade, é difícil imaginar que a ecologia possa ser uma das maiores preocupações...
O Eco-Lógica continua a busca da arquitectura camuflada. Quartos luxuosos, estufas repletas de legumes biológicos, habitações completamente cobertas de vegetação... nada previa que esta pequena vila, em Portugal, pudesse tornar-se um pequeno paraíso ecológico para os seus habitantes e para os turistas. Descubra Óbidos neste Eco-Lógica.
Numa sociedade em que consumir e produzir em grande escala é o grande mote, algumas pessoas querem afastar-se desse modo de vida. A sua arma é a reciclagem. Nos dias de hoje a tecnologia permite-nos reciclar quase tudo o que produzimos, desde pneus, a garrafas de vidro e até mesmo contentores. Dar uma segunda vida àquilo que não usamos mais é para algumas pessoas uma verdadeira arte da vida.
Em pleno coração do deserto do Nevada, Las Vegas é a primeira cidade hoteleira do mundo com cerca de 120 mil quartos de hotel. Todos os anos cerca de 40 milhões de turistas invadem esta capital do jogo e dos excessos, considerada por muitos como uma aberração ecológica. No entanto as iniciativas ecológicas florescem e tentam mudar a imagem da cidade. Descubra-as neste Eco-Lógica.
Recurso natural e vital, a água, ocupa 70 % da superfície da Terra. Ora elemento preciosamente protegido, ora terreno de jogo da nossa expansão urbana a sua gestão constitui uma das maiores preocupações das novas construções. Nos quatro cantos do planeta, a água ocupa um lugar central na concepção ou no funcionamento das habitações onde a vida é confortável.
Seja para enfrentar o calor sufocante dos trópicos ou para prevenir o frio glaciar do inverno setentrional, os construtores ecológicos utilizam diversas técnicas para preservar uma temperatura média nas habitações sem consumir energia em excesso. Nos quatro cantos do mundo, o vento influencia a arquitetura das habitações tornando-as acolhedoras.
Na Tailândia, a cidade de Bangkok é mais conhecida pela sua selva urbana, poluição e agitação diária do que pelos seus projetos ecológicos. O empreendimento turístico Tree House Lodge atua como um pioneiro nos projetos ecoturísticos da Tailândia. A sua arquitetura feita de materiais reciclados e a sua instalação são projetados para favorecer a ventilação natural.
Entre os alojamentos eco-responsáveis, há uma escolha que é unânime entre as famílias: passar os dias numa cabana perdida no meio da floresta e pendurada entre árvores. Este tipo de estadia está disponível no norte da Suécia para quem o quiser aproveitar.
Reabilitar em vez de destruir é um dos maiores desafios de todas as cidades do mundo. Símbolo de um passado glorioso, mas já terminado, os pavilhões industriais multiplicaram-se nos últimos anos e recuperaram a sua juventude à custa de uma reabilitação ambiciosa que as tranforma em modelos eco-responsáveis. Em Paris, a antiga gare de carga da SMCF sofreu uma profunda reabilitação ecológica. Deixado ao abandono o edifício é hoje símbolo de uma remodelação exemplar e trouxe vida ao Quartier de la Chapelle, um dos bairros mais populares do nordeste da capital.
Serão as nossas casas de amanhã em madeira? Vivermos sobre água? Iremos produzir a nossa própria energia para fornecer os vizinhos? Já se sabe que para enfrentar os desafios do futuro em matéria de construção sustentável é necessário criatividade e inovação. A cidade de Hamburgo, na Alemanha, é uma das cidades mais inovadoras na resposta a esses desafios. Como nos mostra os bairro de Williamsburg que sofreu uma grande transformação para se tornar um laboratório do habitat do futuro.
Quando escolhemos uma cidade para nos instalarmos com a família, queremos mais que uma casa ou um apartamento. Procuramos uma nova forma de vida. Em todo o mundo desenvolvem-se novos modelos de comunidade com um objetivo muito específico: favorecer a ligação social e a vida dos habitantes, respeitando a natureza que os rodeia. A poucos quilómetros de Vancouver, no Canadá, vivem essas famílias que escolheram viver essa aventura na totalidade.
Passar a barreira da construção tradicional para investir na construção de uma casa sustentável que preserva o ambiente e a saúde dos seus ocupantes, é o sonho de vários futuros proprietários.
Todos sabemos que consumir menos e tornarmo-nos mais sustentáveis é um objetivo e uma necessidade para preservar os nossos recursos. No norte de França em plena zona de mineração, Loos en Gohelle parece uma terra de contrastes. Enquanto esta pequena comunidade de sete mil habitantes assume o seu orgulho por um passado industrial difícil, também aceita uma profunda revolução verde para se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável.
Repensar a imagem de um bairro que se situa numa zona urbana sensível e transformá-lo com novas habitações que seguem as normas ecológicas e que permitem uma maior heterogeneidade social é uma das grandes ambições de inúmeras populações. No Havre, em França, com um impulso de um programa de renovação urbana, um bairro viu nascer um novo lugar com moradias construídas em madeira. Como se convence uma família a instalar-se nestes bairros? Como se pode construir de forma sustentável e a preço? A promessa de uma poupança real para as famílias será fácil de cumprir?
Reabilitar em vez de destruir. Um avanço sustentável que parece ter lógica mas que ainda não é uma evidência. Em França, terrenos urbanos deixados ao abandono arriscam ser tomados por novas construções nem sempre necessárias. Em Bordéus, existe um bairro em que os edifícios devolutos recuperaram a sua antiga glória. Foram remodelados e são hoje um exemplo em matéria de reabilitação ecológica, propondo um novo modelo em que a relação social e a economia sustentável estão no centro do projeto. Um ideal que se tornou possível graças à vontade de um jovem empreendedor e de toda a sua equipa.
Dormir no meio de uma selva privada com mil hectares pode revelar-se uma ideia tentadora. Se juntarmos a isso a garantia de uma estadia eco-responsável e irrepreensível, torna-se difícil resistir. No centro da Costa Rica esse paraíso existe: o Lapa Rios. A liderar esta aventura que começou na década de 80 estão dois americanos. Karen Louis e o marido deixaram os Estados Unidos e investiram as suas economias num único objetivo: construir 17 bungalows em total harmonia com o ambiente.
Com recursos naturais cada vez mais ameaçados pela nossa expansão urbana e matérias primas cada vez mais raras, a alternativa da reciclagem na construção sustentável parece ser uma opção atraente para proprietários em busca de uma vida original e mais respeitadora do ambiente. Nos arredores a oeste da capital São José, na Costa Rica, um bairro residencial esconde uma arquitetura impressionante: uma grande casa de 340m2 feita unicamente com antigos contentores marítimos.
Entre as estadias eco-responsáveis, há uma que é unânime no seio das famílias: passar a noite em plena natureza. Seja sobre a água ou suspensa nas árvores, os eco-construtores não se poupam na imaginação para oferecer férias tão insólitas como sustentáveis.
Passar férias numa ilha deserta é o sonho de vários turistas amantes de estadias relaxantes e paisagens idílicas. Mas os lugares isolados e preservados são cada vez mais raros. Há quem dedique o seu trabalho e a sua vida para permitir que estes atóis perdidos no meio do oceano possam ser visitados e continuem a existir. É um desafio tecnológico e ecológico reduzir a pegada ambiental e tornar-se completamente autónomo a nível energético mesmo no meio do Oceano Pacífico. Neste programa vamos até à Polinésia Francesa à descoberta da ilha da de Tetiaroa que nos atrai pela sua beleza e pela sua história.
Deixar a vida urbana para se mudar para o campo, onde a natureza continua intacta, longe de tudo e praticamente isolado... Este é o sonho de inúmeras pessoas, mas poucas decidem fazer essa mudança. Foi para enfrentar esse desafio audacioso um casal decidiu deixar o centro de inglaterra para se instalar na popular ilha de Skye, a noroeste da Escócia, onde construíram uma moradia moderna e que respeita o ambiente.
Construir um hotel ecológico capaz de fazer evoluir a mentalidade de uma região... Em todo o mundo apenas alguns destinos podem vangloriar-se de defender aspetos pedagógicos tão irrepreensíveis. Entre as propostas turísticas, algumas diferenciam-se ao propor estadias que respeitam o ambiente e nos levam à descoberta de culturas autóctonas. Do outro lado do mediterrâneo vamos até Marrocos no sudoeste do país. Uma região conhecida pela estância balnear de Agadir, com a sua praia de areia fina, clima ameno durante todo o ano e ainda os suks. A alguns quilómetros, numa aldeia berbere, no coração de uma reserva natural, existe um conceito de alojamento exemplar...
Viver melhor juntos. É o sonho de muitos que procuram uma outra qualidade de vida. Numa altura em que se denuncia uma sociedade cada vez mais individualista onde é difícil encontrar um lugar para viver, surge um novo modo de habitat em torno de valores fortes como a partilha e o convívio. Trata-se do habitat participativo, alojamentos em que os habitantes participam na construção das suas casas e criam um lugar para viver tão sustentáveis como acessíveis. A ecologia está presente no desempenho ecológico e na criação de zonas comuns e de reunião social. O Eco-Lógica foi até à Suíça, país onde este movimento vai crescendo e foi à procura daqueles que abraçaram esta alternativa a 100%.
Integrar o máximo de vegetação no coração dos centros urbanos é uma das prioridades das grandes cidades do mundo que nos dias de hoje se confrontam com uma urbanização descontrolada. Um pouco por todo o lado, surgem novos projetos arquitetónicos com o objetivo ambicioso de oferecer um verdadeiro espaço de ar puro cada vez mais respeitador do ambiente. O objetivo é fazer desaparecer a arquitetura para deixar sobressair a natureza. À descoberta de uma construção singular e audaciosa, vamos até Turim no norte de Itália onde foram precisos cinco anos de esforços para construir o imponente 25 Verde, um prédio residencial de 63 apartamentos que mistura arquitetura com natureza.
Aproveitar os recursos naturais da terra para criar uma oferta hoteleira ecológica é uma promessa tentadora, mas poucos são os lugares no mundo que a podem realizar. Com a sua natureza imaculada e os seus imensos lagos, a Islândia apresenta-se como um dos países mais verdes do mundo. A ilha, perturbada por uma atividade vulcânica e geo-térmica impressionante, beneficia cada vez mais de energias renováveis e inesgotáveis. Uma das pérolas do país é Pingvellir, parque nacional classificado como Património Mundial da UNESCO, uma verdadeira jóia natural. É neste ambiente preservado, a menos de uma hora da capital islandesa, Reykjavik, que uma ex hospedeira de bordo investiu todas as economias para construir um hotel eco-responsável de luxo. Um projeto único deste género no país.
Passar de uma construção tradicional e investir numa construção de uma casa saudável que preserve o ambiente e a saúde dos seus ocupantes, é o sonho de inúmeros proprietários. Apesar do entusiasmo, o habitat ecológico pode parecer inacessível e ainda suscita muitas interrogações. Numeros arquitetos experientes querem pôr os seus conhecimentos em prática para provar que podemos construir de forma diferente de forma consumirmos menos energia e evitar a instalação de aquecimento.
Desde a sua criação, a escola tem um papel fundamental na nossa sociedade. É um lugar de aprendizagem e de socialização incontornável para as novas gerações. Mas o seu funcionamento é regularmente questionado e com isso surgem novos sistemas educativos mais próximos da natureza. É na ilha de Bali, na Indonésia, um destino turístico famoso pela beleza da sua paisagem que vamos descobrir uma escola deveras original. De nome Green School, ou Escola Verde, o edifício espanta pela sua arquitetura e pela sua abertura às grandes questões ambientais.
Deixar a cidade para construir a casa de sonho em plena natureza é uma experiência que seduz cada vez mais pessoas no mundo. Mas o desafio pode ser complexo ao criar um lar aconchegante tão ecológico como confortável, adaptado ao lugar e aos seus constrangimentos. Pode ser necessário alterar as regras da construção tradicional mas também aplicar todas as energias e criatividade para encontrar as melhores técnicas. Nos Países Baixos, na pequena aldeia de Huizen, situada a 30 km de Amesterdão existe uma casa que que brinca com a camuflagem.
nspirar-se na natureza para construir a sua própria casa, é uma ideia simples mas pouco divulgada. A natureza é feita de curvas e de círculos, mas o homem continua a criar alojamentos com ângulos e linhas retas por razões práticas e evidentes. Onde um plano quadrado se consegue medir, se pode prolongar e no qual podemos calcular o seu volume, o habitat circular parece ser mais difícil de compreender. No entanto, há séculos que povos nómadas e sedentários constroem os seus abrigos com formas circulares. Das cabanas africanas, aos iglus dos inuítes, passando pelos yurts mongóis, todas estas formas de habitat que existem há milhares de anos demonstraram o seu desempenho e a sua resistência ao longo do tempo. Nos dias de hoje, há cada vez mais arquitetos a inspirarem-se neste modelo de construção para criar edifícios ecológicos sustentáveis.
Afastar-se dos constrangimentos da construção tradicional para imaginar uma casa familiar contemporânea, confortável e completamente sustentável - é este o grande desafio para numerosos proprietários, mas que pode vir a tornar-se uma realidade. Na costa oeste dos Estados Unidos, Los Angeles, a segunda maior cidade do país, é uma metrópole tentacular, símbolo do sonho americano e dos seus excessos. A sua rede de estradas com mais de mil quilómetros de asfalto é uma das mais importantes do mundo. Este monopólio da viatura classifica a cidade como uma das mais poluídas dos Estados Unidos. Uma cidade cosmopolita também conhecida no mundo pelos seus estúdios de cinema, estrelas de Hollywood e praias de areia fina que se estendem por quilómetros. Longe desta agitação permanente que dá reputação a Los Angeles, um casal e os seus três filhos, moram no bairro residencial de Culver City.
Desenvolver um território e imaginar bairros que respeitem cada vez mais o ambiente, acessíveis e capaz de recriar uma ligação social é um desafio que inúmeras cidades do mundo inteiro estão a tentar ultrapassar. É na ilha de Bainbridge#, situada a meia hora de ferry de Seatle que vamos descobrir um dos eco-bairros mais ecológicos dos Estados Unidos.
A construção ecológica evoluiu e é cada vez mais conhecida em todo o mundo. Construtores e proprietários procuram uma maior coerência e sustentabilidade nos seus projetos de arquitetura. Mas em alguns países menos sensibilizados, o desafio continua a ser grande devido à falta de conhecimento e de artesãos qualificados. Por vezes é necessário redobrar energias e trabalho para conseguir construir de forma ecológica e poder viver na casa dos seus sonhos. Em Buzau, uma aldeia na Roménia, existe a única casa sustentável da região.
Despoluir para poder voltar a habitar. Em todo o mundo existem terrenos abandonados, contaminados pelo Homem, que esperam pela oportunidade de uma nova vida. Agricultura intensiva, industrialização... Estas são as inúmeras as causas de destruição do nosso solo. Algumas pessoas resolveram agir e fizeram do seu sonho um verdadeiro combate: recuperar o planeta e oferecer uma segunda vida a estes lugares negligenciados. No sul dos Estados Unidos, em Austin, capital do Texas, é difícil de acreditar que nesta cidade, que deseja ter emissões de carbono neutras até 2020, a indústria petrolífera tenha reinado até ao início dos anos 90. Foi com a vontade de dar uma nova imagem a este bairro historicamente pobre e negligenciado que um habitante decidiu construir uma casa familiar com uma arquitetura de design num antigo terreno industrial.
Contrariar o modo de construção tradicional para construir uma residência familiar, económica e funcional mas, sobretudo, sustentável, é um sonho para muitos que alguns conseguem realizar. No México, na cidade Tijuana, vamos à descoberta de um habitat que não é como os outros e que responde às problemáticas do mundo de amanhã.
Reinventar a oferta hoteleira para a tornar mais sustentável e permitir experiências únicas aos hóspedes, é uma ideia que floresce por todo o mundo e são cada vez mais as ofertas de uma estadia eco-responsável. No sul da Europa, Portugal com o clima temperado o ano inteiro, o seu modo de vida festivo e a sua natureza, está entre os destinos turísticos mais apreciados. Com uma popularidade cada vez maior, o país tem assistido ao nascimento de novos estabelecimentos com uma arquitetura original e um conceito ligado ao ambiente. A uma hora de viagem a norte de Lisboa, na costa atlântica, é na pequena estância balnear de Santa Cruz que o hotel Areias do Seixo, construído em plenas dunas e florestas de pinheiros, é um verdadeiro paraíso verde.
Por toda a França, existem pedaços de património em ruínas e deixados ao abandono. Estes lugares cheios de história exigem uma reabilitação para que possam viver uma segunda vida e continuar a existir. Mas, por vezes, é necessário encontrar uma nova vocação e modernizá-los para que se adaptem aos novos tempos. Em Auvergne, no pequeno município de Manzat, escondido numa zona impressionante de vulcões e florestas, o Eco-Lógica foi à descoberta de um projeto hoteleiro ecológico e criativo.
Poder construir construir pessoalmente a casa dos seus sonhos... Uma alternativa que seduz cada vez mais famílias no mundo desejosas de construir um lar à sua imagem e que respeite os seus valores. Em França, a autoconstrução ganha terreno e convence tanto pelas vantagens financeiras como pela possibilidade de construir com materiais mais sustentáveis. Neste episódio vamos conhecer uma família, habitante de uma aldeia da região de Grenoble, que se decidiu pela autoconstrução.
Entre as iniciativas eco-responsáveis a construção pré-fabricada e desmontável oferece uma alternativa sedutora. Se pelo mundo inteiro as iniciativas se multiplicam, esta técnica parece estar com dificuldades em impôr-se como um modelo viável. Vista de forma negativa e ainda com algumas dúvidas, a construção pré-fabricada apresenta, no entanto, vantagens ecológicas incontestáveis podendo adaptar-se a qualquer projeto arquitetónico. Ao optar pela pré-fabricação o tempo de construção é reduzido ao máximo representando um menor impacto ambiental no terreno e desempenhos energéticos otimizados desde a montagem do edifício. No sul da Europa, a Espanha, com os seus inúmeros destinos balneares e o seu clima indolente, é o El Dourado turístico. Longe da devastação imobiliária da costa, invadida todos os verões por milhões de turistas, o país esconde tesouros imaculados.
Descansar isolado em pleno deserto, desligado de tudo... Uma fórmula atraente para pessoas de férias em busca de uma aventura singular. Face aos problemas provocados pelas alterações climáticas, este lugares imaculados são cada vez mais raros e estão cada vez mais ameaçados. Mas um pouco por todo mundo, ativistas redobram os esforços para defender um turismo mais sustentável. No Médio-Oriente, numa região minada por conflitos, a Jordânia vive uma situação estável e pacífica. Invadido por três quartos de deserto, o país guarda uma cultura e história ricas que marcam este território há séculos. Num contexto de tensão, o turismo na Jordânia decresceu num reino onde grande parte da população depende deste setor vital para a economia. Longe dos pontos turísticos, vamos até à Reserva de Dana à descoberta de Feynan, um alojamento ecológico único do genéro, onde a proteção do ambiente e o apoio à população local são dois elementos indissociáveis.
O turismo é considerado a primeira indústria no mundo. Com mais de mil milhões de viajantes por ano, é visto como o grande ator do desenvolvimento e da luta contra a pobreza. Se a França é hoje o primeiro destino turístico mundial, existem países mais desconhecidos quando se trata de escolher o próximo destino de férias. Estamos na costa oriental de África, na Tanzânia, longe dos safaris e passeios organizados. A cerca de 25 quilómetros da cidade de Dar es Salaam, na ilha de Chole, acessível apenas por barco, não encontramos estradas nem viaturas, nem rede de água potável ou de eletricidade. Esta parte do arquipélago de Mafia, com cerca de 2 quilómetros quadrados, era um importante entreposto comercial no século XIX. Hoje a ilha conta cerca de mil habitantes, um lugar onde o artesanato sempre existiu e os métodos tradicionais de construção utilizados para construir os dhow, veleiros típicos da África Oriental, atraem muitos visitantes.
Por todo o mundo, os arquitetos rivalizam entre si com técnicas e inovações para construir casas, hotéis e até mesmo escolas cada vez mais ecológicas. Estes construtores trabalham com tecnologias de ponta, materiais novos e o melhor da engenharia para transformar o habitat num verdadeiro templo de modernidade. Mas por definição, a inovação não está ao alcance de todos. Por vezes é demasiado cara e não está acessível à maioria da população que tem de se contentar com um modelo de arquitetura clássica com materiais baratos e desempenhos energéticos fracos. Que solução durável e acessível a cada vez mais pessoas, mas também rentável para o construtor pode ser apresentada para que todos possam ter acesso à ecologia? Como se pode criar um novo modelo de construção? Como transformar os constragimentos ambientais numa verdadeira vantagem ecológica e económica?
Passar férias em plena reserva natural, apenas na companhia dos animais selvagens num horizonte desértico é um exílio garantido e valioso que é necessário proteger. Face às alterações climáticas e à caça ilegal, estas maravilhas dos confins do mundo estão cada vez mais ameaçadas. Surgem novas formas de turismo onde a população local e a conservação são indissociáveis do projeto hoteleiro. É na Namíbia, a 400 quilómetros a sul da capital Windhoek, que vamos visitar a maior reserva privada de África.
Por toda a França a transição energética impõe-se como um grande desafio para reduzir a poluição e deixar de lado as energias fósseis. Seja nas regiões, nos departamentos ou ainda nos municípios, a tomada de consciência é cada vez maior e as iniciativas multiplicam-se. Com apenas 14% de consumo de energia através de fontes renováveis em França, o caminho ainda é longo. Mas alguns municípios resolveram tornar-se exemplares e provar através do seu funcionamento que a viragem energética está ao alcance de todos.
Viver numa ilha com toda a autonomia e sem poluir o planeta, é um desafio audacioso que cada vez mais habitantes decidem abraçar. Mas a insularidade, apesar da sua distância ao continente, é muitas vezes considerada como um problema e pode aumentar a poluição. No entanto, algumas pessoas esforçam-se e veem nas dificuldades uma bela ocasião de dar o exemplo e sensibilizar para o respeito pelo ambiente. No oeste da Escócia, na ilha de Eigg, em pleno Mar das Hébridas, existe uma ilha onde a autenticidade das paisagens contrasta com o vanguardismo do sistema ecológico colocado em prática.
Viver ao ritmo da natureza é uma proposta sedutora que surge em resposta aos desafios do futuro em termos de construção sustentável. Em França, como um pouco por todo o mundo, há sonhadores que se revelam incríveis construtores com ideias extraordinárias que imaginam novos habitats inovadores de acordo com as suas convicções respeitadoras do ambiente. Na Alsácia, perdida no meio das vinhas, é na pequena aldeia de Cosswiller que foi construída uma casa completamente atípica. Batizada de "Heliodome", esta construção ecológica passiva fora do comum, uma mistura entre um pião e um relógio solar gigante, funciona inteiramente graças à energia solar. Uma proeza tecnológica e um sonho realizado para o seu criador, Eric Wasser, designer ebanista que alimentou este projeto durante 20 anos.
Oferecer uma nova definição e vocação ao turismo para que ele possa proteger o planeta, é uma abordagem que se tem espalhado pelo mundo inteiro. Durante anos, a construção de hotéis foi uma das causas de degradação dos nossos ecossistemas. Mas há quem procure soluções para que a chegada dos turistas tenha um impacto positivo, tanto para a natureza circundante como para as populações instaladas. Numa ilha da Tailândia existe um hotel pioneiro em matéria de desenvolvimento sustentável. Os fundadores deste hotel trabalham há mais de vinte anos em prole do turismo de luxo sustentável, convencidos de que é possível aliar uma estadia de gama alta à proteção do ambiente.
A simplicidade está a tornar-se a palavra chave em matéria de ecologia. Se para alguns construir de forma ecológica se resume a construir casas com um desempenho cada vez maior e autênticos templos da tecnologia, outros preferem o contrário e adotam a simplicidade e a modéstia no seu projeto, tanto no que toca a materiais utilizados aquando da construção e decoração como à própria vida do quotidiano. Questionar-se sobre o que é essencial, regressar às verdadeiras necessidades e libertar-se do luxo ao qual sempre estivemos habituados é uma argumentação cada vez mais válida, onde os constrangimentos financeiros das famílias impõem um maior compromisso.
Proteger e dar visibilidade a uma natureza cada vez mais ameaçada é uma missão crucial feita em poucos lugares no mundo, mas indispensável para compreender os desafios do nosso ecossistema. Na Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, região demarcada por um litoral acidentado e um natureza selvagem. Um território transformado por um século de exploração mineira e pedreiras gigantes a céu aberto. Foi numa das últimas minas de argila que esteve em atividade até meados da década de 1990, que Tim Smith decidiu colocar em prática um projeto inacreditável. Entre o futurismo e o exotismo foram precisos seis anos de trabalho para erigir o Eden Project, um jardim botânico no mundo.