O Conservatório Regional de Aveiro já estava a funcionar em 1964 quando a diretora do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian, Madalena Perdigão, conseguiu que a Fundação adquirisse um terreno, encomendasse o projeto de arquitetura e edificasse um complexo pensado de raiz para ali passar a funcionar o dito conservatório. No que a Aveiro diz respeito, foi o culminar de um processo de discreto investimento no ensino artístico por parte da FCG: há anos que, a pedido de Madalena Perdigão, a Fundação dava apoio financeiro ao Conservatório de Aveiro. Por pressão de Madalena Perdigão, a encomenda detalhada do edifício foi feita a um prestigiado atelier de arquitetura do Porto. Nesse atelier trabalhava Maria Noémia Coutinho, finalista de arquitetura, que assumirá a conceção do edifício com uma mestria absolutamente desconcertante. É uma excelente peça de arquitetura que não existiria se não fosse Madalena Perdigão e Maria Noémia Coutinho.