No quinto episódio de "Um homem não chora", o escritor e guionista Hugo Gonçalves regressa à sua infância, nomeadamente à experiência de perda da sua mãe aos oito anos, falando do luto que não foi feito e da forma como isso moldou a relação entre os homens da casa e condicionou o homem adulto em que se tornou. O romancista não tem dúvidas de que ter parado de fugir à expressão e compreensão das suas emoções constituiu um ato de pura "libertação". E refere a importância que a psicoterapia teve nesse processo. Para o escritor, o exercício da paternidade é um dos vínculos de promoção de novos modelos de masculinidade.