Pombal, 1963. Fernando Salgueiro Maia, um jovem de 19 anos, tenta, sem sucesso, a admissão à Academia Militar. Persistente, consegue ser admitido em 1964. Inteligente, determinado e disciplinado, rapidamente se distingue como um dos melhores alunos. Mas num horizonte próximo, está a Guerra em África. Está muito longe de poder sonhar com abril de 1974.
Moçambique, 1967. Salgueiro Maia tem o seu batismo de fogo e rapidamente descobre o lado cruel de uma guerra para a qual não estava emocionalmente preparado. De Angola, recebe uma notícia que o deixa ainda mais perturbado. Regressado de África, é colocado em Santarém, como instrutor de tropas que irão partir para as zonas de combate. Conhece Natércia, com quem casa em agosto de 1970. O jovem casal tem a sua primeira crise em 1972, quando Fernando não consegue dizer a Natércia que terá de partir para a Guiné, numa nova comissão.
Desiludido com o rumo da revolução e em rutura com as chefias militares, Maia cumpre uma longa comissão de serviço nos Açores. De regresso ao continente e a Santarém, toma com Natércia uma decisão que muda completamente a vida do casal: adotam uma criança. Mas os dias felizes são ensombrados pelo maior inimigo que Salgueiro Maia teve de enfrentar: uma doença grave.