A gente tava parada na frente do letreiro do cinema. Amanda foi lendo um por um, procurando um filme que tivesse um horário em que a gente pudesse pagar pelos ingressos e entrar. Não tinham muitas opções e as que tinham não contemplavam uma sessão as duas da tarde de uma segunda-feira, véspera de feriado. Então a gente acabou desistindo e continuou andando pelo conjunto nacional. Perto do orelhão laranja, eu fui invadida uma espécie de déjà-vu. Era como se o tempo tivesse voltado pra 2016. Uma coisa, entre várias de uma sequência, que iam me fazer lembrar, naquele dia, que a vida é um projeto aberto. E pode acontecer fora das listas.