Dentro de mim tem um cavalo selvagem correndo solto pela arena. Se eu prendo o cavalo, eu prendo junto com ele a minha motivação, a minha energia, a minha intensidade, o meu desejo, a minha vontade de me entregar para as coisas. Se eu deixo ele cavalgando solto, selvagem, eu não reconheço limite, eu não sei descansar, eu esqueço que amanhã também é dia e eu caio na exaustão. O meu maior desafio é domar esse cavalo. É fazer com que ele me entregue o melhor desses dois lugares. É fazer com que ele me ajude a saber a hora de ir, mas também me permita saber a hora de parar. Eu preciso da força dele, para entregar o melhor, mas eu também preciso da mansidão, para saber que o melhor não pode ser tudo, porque tudo é tudo. E não sobra nada.