Eu fiquei com vontade de dizer pra aquela pessoa, tudo que eu aprendi, quando eu afundei na areia movediça. E o que eu aprendi foi que eu preciso ser capaz de frustrar as pessoas, de vez em quando, inclusive as que eu mais amo, porque se eu não for capaz de fazer isso, eu não serei capaz de respeitar os meus limites. Se eu não for capaz de frustrar as pessoas, eu também não serei capaz de atender as minhas próprias necessidades quando eu preciso. Se eu não for capaz de frustrar as pessoas – inclusive as que eu mais amo – eu sempre vou sair em momentos que eu queria ficar em casa, dizer “sim” paraquela coisa que meu corpo inteiro tá gritando que é “não”, responder àquela mensagem bem naquela hora que eu tinha combinado comigo mesma de mergulhar em silêncio. E isso não tem a ver com ser egoísta, mas com a convicção de que eu só posso ser presente, verdadeiramente, na vida do outro, se antes eu puder fazer isso por mim mesma.