Eu sempre temi esse momento. De acerto em acerto, de aplauso em aplauso, de reconhecimento em reconhecimento, eu comecei a ter medo da falha, quase como se ao deixar que ela acontecesse, tudo desmoronasse. Criei, assim, uma autocrítica afiada. Era, antes de tudo, a minha própria chefe. O que eu tinha medo, era de perder. De perder o que eu tinha conquistado. Quase como se todo o meu valor tivesse posto a cada ação. Errou? Falhou? Perdeu tudo. Tem gente que manifesta esse padrão nas relações, tem medo de dizer uma palavra errada, um comentário inadequado e ver aquela pessoa indo embora. Então se esforça, o tempo todo, para agradar. Tem medo de perder a imagem da pessoa ideal, escolhida, especial. Mas naquela semana, mesmo depois de me esforçar muito, eu estava lidando com o meu maior medo: o medo de não agradar. Entrei na sala de reunião, peguei o telefone e com a voz tensa, disse: “alô?!” É difícil me esquecer da sensação que invadiu o meu corpo quando ele falou: "É