Maria de Fátima Vieira da Silva, 91 anos, algarvia, fala sobre a sua infância, a liberdade que sentia durante a sua infância e aquela vez em que se zangou com a mãe e fugiu para Lisboa, sozinha, no comboio do correio. Vai até ao meu instagram para veres onde é Estômbar e como era há 80 anos.
Maria de Fátima Vieira da Silva, 91 anos, algarvia, fala sobre a história do seu próprio nascimento, ida a Fátima com 8 dias de vida, a traição do marido e o misto entre tristeza e liberdade que a viuvez lhe trouxe. Vai até ao meu instagram para nos veres!
Maria de Fátima Vieira da Silva, 91 anos, algarvia, fala sobre voltar a apaixonar-se depois dos 80, sentir-se jovem, a percepção do que era ser uma pessoa não-normativa há 80 anos e a forma como vê os direitos LGBTQIA+ no nosso tempo. Vai até ao meu instagram para veres a Mª de Fátima com o Leonardo!
Maria de Fátima Vieira da Silva, 91 anos, algarvia, fala sobre desejos para o futuro, internet, onde estava no 25 de abril de 1974 e conta uma história sobre mascarar-se de namorado da melhor amiga no carnaval. Vai até ao meu instagram para nos veres!
Alda Castelo Branco, 94 anos, da Nazaré a viver em Lisboa, fala sobre o Colégio do Bom Sucesso, esperar ansiosamente pelo sinal horário das 20h, conhecer o marido e tornar-se preparadora de anatomia patológica até... exercer a profissão de guia-interprete. Vai até ao meu instagram para veres imagens da Alda e da Companhia Bailados Portugueses Verde Gaio. Prometo que é muito engraçado!
Alda Castelo Branco, 94 anos, da Nazaré a viver em Lisboa, fala sobre ser mãe, educar os filhos para não serem racistas, independência no casamento e começar a usar bengala mas não se sentir idosa. Ah! E sobre ir à Gulbenkian com a roupa do dia. Vai até ao meu instagram para veres A Redenção de Cam (1895), que descrevo neste episódio.
Neste episódio, a Alda fala-nos do prolongamento do desejo s3xual, da mudança dos nossos corpos ao longo da vida e o impacto dessas mudanças na relação. Também falamos sobre a liberdade da viuvez e do luto. E das diferenças (não) sentidas na liberdade pessoal antes e depois do 25 de abril.
Neste final de temporada, concluímos a entrevista com a Alda Castelo Branco. Falámos da época em que as mulheres não se sentavam em cadeiras, da associação Le Patriarche, do 1º de maio e deste exercício de memória.
Olá! Estou muito contente por estares a ouvir a nova temporada de Memória Futura! Nesta temporada falo com a Isabel Albuquerque sobre pintar por diversão, ensinar inglês através do método oral direto, educar os filhos em liberdade e a filha com mais restrições e a alegria de sair à rua no meio de uma revolução.
Neste episódio falamos da dificuldade em educar de forma diferente da que nos educaram. Falamos de meninas chochas por não serem estimuladas e de uma disciplina de liceu que ensinava mulheres a passar a ferro e a dobrar a roupa.
Dedico um episódio inteiro ao 25 de Abril, ao 1º de Maio e à profissão de professora de inglês.
No episódio final da 3ª temporada, falamos sobre livros, a Condessa de Ségur, a viuvez e ser sempre, sempre livre.
Este é o episódio especial de Natal! Para contruí-lo, pedi a ouvintes que usassem o gravador do seu telemóvel para entrevistar mulheres com mais de 70 anos. O objetivo era gravar as memórias dos natais da infância dessas mulheres. Hoje vamos ouvir a Amélia, a Angelina, a Aurélia, a Dulce, a Emília, a Ermelinda, a Joaquina, a Maria da Trindade, a Maria de Lourdes e a Olívia. Agradeço a quem entrevistou as mulheres da sua família: à Adelina, ao Luís, à Carlota, à Constança, à Mónica, ao Pedro e à Mafalda. À data desta edição, ainda estavam a chegar relatos ao meu e-mail. Por isso esses relatos vão estar disponíveis no meu instagram.
Nesta temporada falo com a Joaquina Maria sobre fazer 100 anos, trabalhar a terra, usar senhas de racionamento para comer, ter tuberculose e ir às sortes e não safar. Recomendo o uso de phones para se perceber bem todas as palavras e o seguimento do discurso. Há 100 anos, quando a Joaquina nasceu, a maior parte do país não vivia os loucos anos 20. Grande parte da população vivia dependente do trabalho no campo, como era o caso da família da Joaquina, que ceifava arroz na zona de Santarém.
No segundo e último episódio da temporada, falo com a Joaquina Maria sobre fazer 100 anos, trabalhar a terra, usar senhas de racionamento para comer, ter tuberculose e ir às sortes e não safar. No Memória Futura preocupo-me com diversidade de histórias, por isso estou à procura de mulheres não brancas com mais de 80 anos para entrevistar. Se conheceres a entrevistada ideal, por favor envia-me um e-mail: laurafalesia@gmail.com
Nesta temporada falo a Inês Henriques, 84 anos, sobre lavar a roupa com restos da água de outras pessoas, comer batatas cruas, aprender a ler sozinha e casar com uma pessoa pouco poupada. Nesta temporada recomendo o uso de phones para se perceber bem todas as palavras e o seguimento do discurso.
Nesta temporada falo com a Inês Henriques, 84 anos, sobre lavar a roupa com restos da água de outras pessoas, comer batatas cruas, aprender a ler sozinha e casar com uma pessoa pouco poupada. Recomendo o uso de phones para se perceber bem todas as palavras e o seguimento do discurso.
ERRATA: a música Não sou ciumenta não é cantada por Amália Rodrigues, mas por Lucília do Carmo Este é o último episódio da temporada com a Inês Henriques. Falámos do 1º de maio, de usar calças, de enviuvar, de se voltar a apaixonar. E de música. No finalzinho há um extra :)
Olá! Obrigada por te juntares a mais uma temporada do MEMÓRIA FUTURA. Neste episódio falo com a Amélia Espiridião sobre ganhar consciência política de esquerda, comunismo e ser filha de um patrão.
Neste episódio falamos de Audre Lorde, aprender a escrever aos 4 anos e comunismo. Ainda estou no rescaldo das legislativas de março de 2024. É inadmissível que num país tão pequeno como Portugal, mais de 1 milhão de pessoas tenha votado num partido de extrema-direita, racista, xenófobo e homo, bi, lés, transfóbico. A memória é curta. E é por isso que têm que existir gravações de pessoas que viveram vidas longas.
No último episódio da temporada - o mais longo! - falamos sobre castigos corporais, ser g.ay no Estado Novo e assédio. E acordar!
Neste episódio falo com a Gracinda de Jesus, de 94 anos, sobre fazer muitos quilómetros a pé para ir vindimar, bailaricos e os pequenos almoços da infância em 1935.
Neste episódio falamos sobre ab*rtar, Deus acudir a umas e não a outras e votar pela primeira vez sem saber ler.
A Gracinda, que queria ser Graciete, engravidou e gestou três vezes, educou duas filhas, não namorou enquanto não se pagava o terreno que o pai tinha comprado para poder plantar árvores e terem sombra e fruto. A Gracinda que se apaixonou pelo carpinteiro da aldeia porque não vinha sujo para casa, que era vista como a culpada das bebedeiras dele, a quem lhe gastaram o dinheiro da taberna. Que começou a trabalhar aos 11 anos. Que nunca foi à escola porque não havia ali ao pé. Que fez quase 100 quilómetros a pé para ir vindimar por um caminho perigoso. E depois voltou para casa pelo mesmo caminho, mas com dinheiro. Que não foi ouvida pela Jacinta nem pelo Francisco, porque os pastorinhos não lhe salvaram a bebé, que foi a enterrar numa caixa de sapatos. Que não nomeou as filhas nem Jacinta, nem Francisco, nem Graciete nem qualquer nome que gostasse. Que ultrapassou a idade da mãe em três anos. Que em dezembro de 2023 me deu esta entrevista deitada na sua cama, à hora de almoço...
Em cada temporada converso com uma pessoa ao longo de vários episódios. Neste episódio, o primeiro da temporada, falo com a Raimunda da Conceição, 89 anos, sobre ir à escola, nassos e vacinação. Este era um dia de inverno em Beringel, uma aldeia no Alentejo. Estamos na sala da Raimunda, quentinhas: eu e a Celina da Piedade, a vizinha da Raimunda e minha amiga, que nos pôs em contacto. Do longo desta entrevista, a Celina vai intervindo a cantar e a ajudar a puxar pela memória. A Raimunda tem cabelo curto e cara risonha. Muitas rugas de expressão. Está confortável no sofá e eu tenho vista para o dia chuvoso na rua.
Neste episódio falo com a Raimunda da Conceição, 89 anos, sobre apaixonar-se, o dia do casamento e a roupa que se vestia.
No último episódio desta temporada, falamos de Deus, do regresso do fascismo e da recolha de história oral.
Neste episódio falo com a Celeste José, 76 anos, sobre ser da terra do Eusébio, trabalhar para uma família portuguesa e ir pela primeira vez ao cabeleireiro.
Ser anti-racista é um trabalho de todos os dias e de todas as pessoas. E podemos começar em qualquer lado e a qualquer momento. Já há muitos anos que se solidificou a percepção de que o racismo existe na sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito.
Nesta temporada falo com a Natércia Salgueiro Maia, com quem contactei através da Associação Salgueiro Maia.