Na Casa da Saudade, vive-se um dia igual a tantos outros. Bonita Baptista toca e canta ao piano, perante o olhar reprovador e a crítica mordaz de Clara Sorrento. Vasquito e Solange tentam acalmar os ânimos entre as duas. Os utentes do lar assistem a um filme protagonizado por Raul del Rei e Milu. Todos estão em clima de boa disposição, exceto Elvira, ao receber a notícia de em breve a casa receberá um novo inquilino: Alberto Gaspar.
Jean Cruz pratica incessantemente exercícios de manutenção, obrigando todos os outros colegas a acompanhá-lo. Virgínia Costa e Raul del Rei regressaram do seu habitual passeio a Colares e surpreendem Sarita Navarro, a mais idosa residente, a fazer um autêntico escândalo pelo facto de achar que não vive num lar, mas sim num teatro, nos seus grandes momentos de glória.
Alberto Gaspar, o popular antigo locutor desportivo, chega finalmente à casa da Saudade, onde reencontra os seus antigos companheiros e artistas do seu tempo, entre eles Luísa Mascarenhas, a voz da Emissora Nacional dos anos 50. Recebem-no entusiasticamente, exceto Elvira Lago, a sua primeira mulher, que se recusa terminantemente a enfrentá-lo.
Clara Sorrento alimenta clandestinamente os gatos que esconde no jardim. Todos os residentes fingem não ter conhecimento do vício secreto da antiga cantora lírica. Apenas Solange Pereira, diretora da Casa da Saudade, desconhece este facto. Até Aurora, a empregada, esconde este segredo.
Uma jornalista visita a Casa da Saudade a pretexto de entrevistar o antigo galã de cinema português, Raul del Rei. Teresa Góis, advogada dos herdeiros de Vera Zaquini, por detrás desta aparente desculpa, vai tentar desalojar os antigos artistas da Casa da Saudade.
Elvira Lago cede finalmente a reconciliar-se com o seu primeiro marido, Alberto Gaspar. Luísa Mascarenhas, que espera todos os dias a visita da filha e do genro, refugia-se na bebida, ao aperceber-se da indiferença da sua família.
Os utentes da Casa da Saudade descobrem que Aurora, a empregada, também tinha sido corista de uma companhia de revistas em África. Solange, a diretora, tem um choque ao ter conhecimento do passado de Aurora. Entretanto, chega uma missiva que dá conta de um processo em tribunal, movido pela advogada Teresa Góis, o que provoca uma enorme indignação nos residentes da Casa da Saudade.
Alberto Gaspar recebe a visita do seu neto, Beto, que lhe pede que regresse a casa. Alberto vê-se perante o dilema de regressar à família e deixar a Casa da Saudade e Elvira Lago. Entretanto, a jornalista Teresa Góis avança com o processo de desalojar os velhos artistas da Casa da Saudade.
Solange Pereira apresenta o advogado que vai defender os direitos dos residentes da Casa da Saudade em tribunal. Durante um dos seus delírios, Sarita Navarro pega fogo à sala, provocando momentos de pânico geral. Os bombeiros são chamados e o incêndio é controlado. Porém, uma terrível acusação vem complicar o processo de desalojamento dos antigos artistas: agora são acusados pela advogada Teresa Góis de fogo posto na Casa da Saudade.
Na rádio e na televisão anunciam o incêndio na Casa da Saudade. Sarita Navarro, a mais idosa residente, devido à sua arteriosclerose avançada, é culpada do incêndio e é transferida para uma casa de saúde. Todos os residentes da Casa da Saudade sentem uma profunda tristeza por Sarita Navarro ter de abandonar a Casa da Saudade.
Todos os residentes da Casa da Saudade ensaiam o espetáculo que vão apresentar na gala de beneficência a favor do lar. Alberto Gaspar revela a Elvira Lago a sua decisão de regressar para junto da família. Elvira ficará novamente só…
Teresa Góis reconsidera a sua intenção de desalojar os artistas da Casa da Saudade. É Natal e todos acabam por festejar a quadra com grande confiança no futuro.
Teresa Góis está a escrever um livro sobre a Casa da Saudade. Os residentes preparam-se para festejar a passagem para o novo milénio.