Quais é a sua ervilha no colchão? Quais são os desconfortos diários que você aprendeu a conviver por falta de tempo ou falta de percepção sobre si mesmo? O que são as ervilhas perto dos problemas de colchões, afinal? Será importante se importar o suficiente com aquilo que talvez não importe?
Quais são hoje as suas capacidades resolutivas? O que você faz uso nos momentos de necessidade para sair da confusão mental e criar? Nossos traumas e experiências nos ensinam e trazem ferramentas únicas e não tão óbvias de lidar com nossas dores. Precisamos de terceiros observadores?
Você consegue definir quais suas maiores qualidades e defeitos? Quais as palavras que definem sua personalidade? Porque se definir ou encaixar ás vezes parece tão difícil pra uns e tão fácil pra outros?
Seria a vida bem vivida aquela em que não somos nem tão bons e nem tão ruins? Quais as alegrias e dificuldades de viver na média? Qual o problema da ordinariedade? Porque ser mediano nos incomoda tanto?
Onde você cresce? No vaso ou no chão? Sendo regada todo dia ou exposta á todas as intempéries climáticas? As crianças duvidadas que cresceram querendo provar ao mundo ao seu redor que nunca eram tão ruins encontraram na rigidez cristã o conforto em viver e conseguir florescer no caos. Afinal, para nós, samambaias de asfalto, esperar o fim é tônico de ação e vida.
Se amar é uma arte e se odiar também faz parte. Temos semanas em que a autoestima não tá boa e eu chamo essas de semana de sorte porque só quem já se odiou a vida inteira sabe como apenas uma semana de mal amor é aceitável.
Você já se perguntou como a relação com seu lar afeta a sua vida? E principalmente, como a sua vida afeta a relação com o seu lar? Como viver em sociedades modernas em limpar a casa é trabalho inferior e sem status enquanto jovens adultas ganham milhões fazendo vídeos de limpeza saudosas de recuperar a imagem de um tipo de mulher que já passou? Será que passou? Limpar por querer, por dever ou ora ascender? Eis a questão.
Frequentemente reduzimos nossas histórias a nada. Nos comparamos indistintamente com outros e com isso desrespeitamos existências á revelia. Se educação é bem tratar o outro e a si mesmo, ser para o outro o que seriamos para nós mesmos, não seria a comparação a maior forma desrespeito?
Uma crise existencial a cada esquina. Pensar sobre si e o mundo te coloca em espirais eternas de perguntas sem respostas (ou pior, com várias delas). Quanto tempo investimos refletindo sobre a vida ao invés de viver? Vale a pena? Talvez sim ou, se não, burra is the new black pra toda uma nova geração.
Você saberia dizer quais são as experiências que te moldaram? Quais foram aquelas memórias complexas carregadas de personagens animados do seu psiquismo que caíram no rio da sua personalidade e definiram quem você é? Quem anda no comando da sua mente? E o que pensar quando não tem mais ninguém? Um episódio sobre saúde mental, luto e divertidamente.
Primeiro episódio exclusivo para apoiadores onde Nataly Neri explica como vai funcionar o “Confissões dos Últimos Dias”.
A verdade é pura e simples: vamos nos frustrar, machucar e ter medo em qualquer coisa que fizermos na vida. A questão é que pode sentir tudo isso enquanto alça voos, vê horizontes, e sente a liberdade que lhe é de direito ou pode sentir tudo isso enquanto está preso em um canto com as asas feitas pra voar, inutilizadas por medo de ser mais. A escolha é sempre nossa.
Quando o ter se tornou quase sinônimo de ser, queimar a casa é necessário.