Quando, a partir dos finais do séc. XVI, o reino de Portugal começa a deixar cair o acordo que fizera com os primeiros colonos europeus da ilha de Santiago, desencadeia um processo económico, social e cultural sem retorno. Ao mesmo tempo que deixam de se fixar novos europeus e africanos na ilha, a mestiçagem entre a população negra e branca aumenta rapidamente. A partir de meados do séc. XVII, a História de Cabo Verde começa a ser definida fundamentalmente pelos seus processos internos. Das tensões crescentes com Portugal à emergência da consciência cabo-verdiana, muito antes do séc. XX, o historiador António Correia e Silva guia-nos por parte dos caminhos que conduziram à independência de Cabo Verde.