O epíteto de "A Liberal" para a ilha Terceira é enganador: nos anos 20 e 30 do séc. XIX, quando se deram os acontecimentos que brindaram a ilha com o seu cognome, a esmagadora maioria dos habitantes da Terceira era absolutista, ou miguelista ou, se se preferir, pelo Antigo Regime. Mas a verdade é que foi na ilha Terceira que D. Miguel sofreu a primeira grande derrota às mãos de um exército liberal, ainda em formação e ainda sem D. Pedro. O investigador Francisco Maduro-Dias, um terceirense apaixonado, guia-nos pelos vertiginosos dias, entre 1822 e 1832, que deram a esta ilha do Atlântico o estatuto de Bastião da Liberdade.