Há uma ilha no meio do Atlântico onde um vulcão adormecido guarda a paisagem de vinhas centenárias que resistem por entre muros de pedra que a memória quase não recorda a origem. É chão de rocha árido onde se fez o antigo império do verdelho, perdido em condições trágicas. Mas que vinho é este? E o que o torna tão especial? Este documentário dá a conhecer a história de um vinho único no mundo. É a aventura improvável de mais de 500 anos de cultura da vinha da ilha do Pico, num terroir hoje classificado Património Mundial da Humanidade. Rodado ao longo de mais de um ano, o filme leva-nos pela passagem das estações e pelos trabalhos de fazer um vinho que reflete a história mundial.
Ali, ninguém diria ser possível fazer crescer vinha. Plantadas em trincheiras, junto ao mar, as centenárias vinhas de Colares, crescem em chão de areia, num terroir único e precioso. E delas resulta o tão especial Vinho de Colares. O documentário dá a conhecer a história deste vinho, ameaçado de extinção, que sobrevive numa região património mundial, alimentado pela paixão e pela teimosia dos produtores.
Existe uma região, no Sul de Portugal, que guarda vivo um saber fazer vinho, com castas antigas, em grandes talhas de barro centenárias. Que vinho é este com origens que remontam a tempos anteriores à ocupação da Península Ibérica pelo Império Romano e cujas tradições quase desapareceram? Filmado durante dois anos, o documentário descobre a aventura de um vinho, verdadeiro património cultural, que sobrevive em antigas adegas e se tenta reinventar na contemporaneidade.
Foi a partir do Mosteiro de Alcobaça, um dos mais importantes centros religiosos e políticos do mundo católico, que os monges da Ordem de Cister concretizaram uma autêntica revolução na agricultura no território nacional e no modo de fazer vinho. O documentário conta a história do vinho medieval cisterciense cujas origens estão ligadas à fundação do reino de Portugal. Um vinho antigo que resiste ainda hoje, no seu modo ancestral de fabrico, devido ao empenho de alguns produtores que teimam em não deixar desaparecer saberes antigos.
No Norte de Portugal, na região minhota, as vinhas desenham os limites dos campos de cultivo, num rendilhado de parreiras altas. Crescem em altura e põem à prova a coragem de quem sobe alto para delas cuidar, no que ficou conhecida como a vinha de enforcado e as vinhas em ramada. E o verdejante Minho é também a terra do famoso vinho verde tinto cujas origens se perdem no tempo. O documentário leva-nos à descoberta da fascinante história deste vinho e de como esteve e continua ligado ao desenvolvimento da região.