No episódio de estreia do podcast Futebol Bandido, um caso emblemático de como um cartola sai do nada e ascende ao poder no futebol brasileiro: a história de Ricardo Teixeira.
Os blogueiros Juca Kfouri, Jamil Chade e Rodrigo Martins analisam a influência brasileira na corrupção da Fifa, trazendo bastidores que envolvem João Havelange. “A longa história de malfeitos [na federação] tem uma assinatura verde-amarela, uma assinatura que saiu da caneta de João Havelange”, resume Juca.
O terceiro episódio debate a Copa de 2014, no Brasil, falando do êxito financeiro da Fifa e de como a entidade empurrou "goela abaixo" ao país diversas exigências, fossem elas estruturais ou legislativas -- uma delas foi um elevador que custaria R$ 23 milhões e que só não saiu porque o Corinthians bateu o pé. Como definiu o blogueiro Rodrigo Mattos: “O Brasil pagou por uma festa de um mês, né? Uma festa cara. Pobre pagando festa cara para rico”.
Espanhol Sandro Rosell destacou-se após o título mundial do Brasil, em 1994, quando uma configuração formada abriu margem para ações mal intencionadas. Ele ingressou no seio da seleção como executivo representante da parceira Nike. Depois, intimamente associado a Ricardo Teixeira, deu início a uma engrenagem corrupta de desvio de dinheiro agenciando amistosos do time brasileiro.
Este episódio do podcast se debruça sobre a corrupção mais visível do ponto de vista do torcedor comum no Brasil. É aquela que chega ao clube de coração e, às vezes, compromete de forma evidente o desempenho do time em campo. Dos tentáculos da máfia russa no Corinthians na primeira década do século até o mar de lama que culminou no rebaixamento do Cruzeiro em 2019.
O sétimo episódio deixa um pouco o universo dos cartolas para chegar ao campo de jogo: os jogadores também não estão tão limpos quanto você imagina. Juca Kfouri, Jamil Chade e Rodrigo Mattos contam como as transações de atletas são usadas na corrupção, incluindo um detalhe interessante. Sabia que Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, todos já tiveram ameaçados de prisão? Pelo menos Messi e Ronaldo, ambos condenados, só se salvaram das grades por detalhes técnicos das sentenças. Essas e outras histórias, como o clube da 3ª divisão de Minas Gerais que valia mais do que o Palmeiras e a lavagem de dinheiro no futebol da Bélgica.
Juca Kfouri, Jamil Chade e Rodrigo Mattos discutem as famosas viradas de mesa do futebol brasileiro, incluindo os casos do Fluminense ("Você pode questionar Flu moralmente. Mas estavam seguindo regras"), os "feitos" de Eurico Miranda (que se gabava de ter feito o Flu subir direto da 3ª para a 1ª divisão "dentro da lei"), do rebaixamento da Portuguesa e do título de 2005 do Brasileirão para o Corinthians ("quanto será que o Inter perdeu por não ter sido campeão?").
No último episódio da 1ª temporada, Juca Kfouri faz um balanço do Futebol Bandido e conta bastidores de seu envolvimento com os personagens do podcast, como Ricardo Teixeira e João Havelange. Entre outros, Juca conta a história de um almoço com Teixeira e como o dirigente o comprou com uma informação exclusiva.
O meio-campista Daniel Corrêa foi morto em 2018 após participar de uma festa de aniversário no Paraná. A surpresa dos investigadores que se depararam com um cadáver com sinais de extrema violência e as primeiras reações a esse assassinato brutal --inclusive do assassino confesso-- estão no primeiro episódio de "Caso Daniel". Esta é segunda temporada de Futebol Bandido, o podcast sobre bastidores e crimes do futebol do UOL Esporte.
Após descobrir que Daniel havia sido assassinado, a família do jogador e amigos tentam entender o que aconteceu no aniversário de Allana Brittes. Em ligações e mensagens por Whatsapp, a família Brittes se mostra chocada com a tragédia. Edison, o pai de Allana, se dispõe a ajudar nas investigações. Mas uma reviravolta no caso transforma a morte do atleta em um crime ainda mais brutal.
Edison Brittes gravou um vídeo admitindo ter assassinado Daniel para, segundo ele, defender a honra de sua mulher Cristiana Brittes. Os advogados dos Brittes tentam provar que se tratava de uma família normal e trabalhadora e que o próprio jogador contribuiu para a tragédia. Ouça no terceiro episódio da segunda temporada de Futebol Bandido, podcast de UOL Esporte publicado às terças-feiras.
No quarto episódio do podcast Futebol Bandido, que na segunda temporada traz a história do jogador Daniel Corrêa, acusados e testemunhas do caso contam em detalhes como aconteceu o assassinato. "Ele puxou já cortando o pescoço. Eu desci do carro primeiro, os meninos desceram, e eu vi e falei: 'Meu Deus'. Não tive reação. Ele estava com uma faca na mão”, afirmou a única testemunha ocular que se dispôs a falar. Futebol Bandido, de UOL Esporte, é publicado às terças-feiras.
O quinto episódio é centrado em Daniel Corrêa, relatando o que ele fez antes de Edson Brittes encontrá-lo no quarto em que Cristiana Brittes dormia. Você também vai saber como a defesa da família paranaense foca em um relacionamento anterior para traçar um perfil violento em torno do ex-jogador.Futebol Bandido, podcast de UOL Esporte, é publicado às terças-feiras.
O sexto e último episódio de "Futebol Bandido - Caso Daniel" mostra como uma frase atribuída a Cristiana Brittes, que conta ter acordado com Daniel se esfregando nela, fez com que a mãe de Allana se tornasse ré neste caso. A frase foi relatada --com variações-- por duas testemunhas: nove dias após o crime, seria possível elas confiarem 100% naquilo que ouviram durante o tumulto na casa dos Brittes?
Cansados da violência e da humilhação nos jogos do Palmeiras, um grupo de garotos da zona oeste de São Paulo se reúne para fundar a torcida organizada Mancha Verde e ganhar respeito nos estádios. Os palmeirenses são chamados de porcos e se ofendem com o xingamento. Liderados pelo presidente Cleofas Sóstenes, o Cleo, eles bolam uma estratégia: adotar um porco vivo como mascote e transformar a ofensa em orgulho. O animal vira o símbolo máximo da torcida do Palmeiras, e Cleo se torna o torcedor mais amado entre os palmeirenses - e o mais odiado entre os rivais.
Cleo e os demais líderes da torcida do Palmeiras entram de cabeça na rotina das organizadas dos anos 80. Eles criam novos jeitos de torcer - como a fumaça na arquibancada - e de lutar - participam da campanha das Diretas Já. As brigas com os rivais se tornam cada vez mais violentas, com cenas de covardia mais frequentes. Cleo e José Carlos Burti, presidente da TUP, são acusados de levar bombas ao Pacaembu. A polícia descobre e evita uma tragédia. Cleo vai à TV cobrar reforços ao presidente do clube. No Parque Antártica, a Mancha Verde protesta.
Além de torcerem pelo mesmo time, os fundadores da Mancha eram amigos e faziam coisas que os amigos faziam nos 80. Saíam para beber, se reuniam para ver filmes eróticos na TV, passavam natais e aniversários juntos. Mas a amizade de Cleo, Atibaia, Moacir, Serdan e Zé Luis também foi forjada nas muitas batalhas com torcedores rivais. Cleo tem um estilo único entre os brigões: pequeno, ele não tem medo de encarar grupos maiores e ensina os amigos as táticas violentas mais efetivas. Os socos e chutes viram pauladas e, logo, tiros. Numa madrugada de outubro de 88, os amigos de Cleo ouvem a notícia que eles mais temiam.
Saindo de um encontro com os amigos, Cleo é surpreendido por um Escort branco ao lado do estádio do Palmeiras. Ele recebe dois tiros e morre na frente da sede da torcida que ajudou a fundar. A Mancha e demais torcedores do Palmeiras se revoltam e juram vingança. No jogo seguinte, a torcida do Cruzeiro tira sarro da morte de Cleo e a Mancha vai pra cima dentro do estádio. Mais tiros são disparados. A polícia avança na investigação do assassinato de Cleo.
Principal suspeito de assassinar Cleo, o corintiano Edmar Bernardes, o Gordo, costumava agredir jogadores do Corinthians, como Viola, e foi candidato a presidente da Gaviões. Ele nega participação na morte do palmeirense, mas a polícia não acredita, também por causa do histórico de Edmar e seu envolvimento com o crime organizado. Ao ser interrogado, Edmar apresenta um álibi. Mas será que ele é válido? A investigação se concentra na arma usada na morte de Cleo, e um exame de balística pode confirmar se Edmar é culpado ou inocente.
Depois da morte de um de seus fundadores, a Mancha passa por anos de muita turbulência. A partir dos anos 90, a torcida é fechada, reaberta, muda de nome e começa a ganhar dinheiro. O renascimento da Mancha pode ser creditado aos esforços de Paulinho Serdan e Moacir Bianchi, fundadores da torcida e muito amigos de Cleo Dantas. Em 2017, no meio de uma briga que opõe facções rivais, a torcida entra na sua crise mais profunda depois que Moacir sofre um atentado a tiros. No último episódio de "Sobre meninos e porcos" os torcedores organizados se perguntam: até onde se pode ir para defender os amigos?
O primeiro episódio traz áudios inéditos da reação de Robinho quando ele ficou sabendo das investigações sobre um estupro coletivo envolvendo ele e outros amigos brasileiros na Itália, em 2013. Robinho nega qualquer participação no crime e ri quando seu amigo descreve o depoimento que deu à polícia. “Eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”, diz Robinho.
O EP2 traz informações que a vítima do estupro coletivo deu para as autoridades italianas e também a acusação de um amigo contra Robinho: “Eu vi que você pôs o pau na boca dela”. Para Robinho, “isso aí não é transar”. O ex-jogador e outro amigo afirmaram que não cometeram o estupro porque sofreram de disfunção erétil naquela noite.
O pagodeiro Jairo conta a uma amiga o que viu na noite do crime: “Estupro, aquilo é estupro, o que aconteceu". Com o desenrolar da investigação, Robinho percebe que o caso pode ter consequências mais sérias e admite medo da repercussão.
No EP 4, Robinho admite que a vítima fez sexo oral nele e no amigo Ricardo Falco. A conversa foi gravada no carro do jogador. Ao falar sobre o depoimento que daria na polícia, ele também comemorou o fato de não haver câmeras na boate Sio Café na noite do crime. Robinho teme que a vítima tenha guardado alguma prova física do crime, mas Falco tenta tranquilizá-lo falando que a mulher albanesa estava “fora de si” de tão bêbada.
O EP 5 mostra o momento em que Robinho admite que fez sexo com penetração com a vítima: “Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois eu saí fora”. Na conversa, o jogador discute com o amigo Ricardo Falco os depoimentos que ambos deram para a polícia. Robinho argumenta que a mulher “quis” fazer sexo com ele. Em outro momento, porém, os dois admitiram que a vítima estava embriagada, o que fez a Justiça decidir que houve estupro.
No EP 6, Robinho e os amigos se recusam a dar entrevista ao podcast. Adriano e Janaina contam então os bastidores da entrevista que o jogador deu para o UOL em 2020, depois que ele foi condenado em primeira instância. Uma conversa repleta de tensão, perguntas censuradas e deslizes: “infelizmente existe esse movimento feminista”.
Claytinho, um dos cinco amigos que estavam com Robinho na noite do estupro, em Milão, fala ao UOL e defende o ex-jogador, que começou a cumprir pena de nove anos no Brasil pelo estupro de uma mulher albanesa. Esta é a primeira entrevista em que um dos parceiros do ex-atleta conta sua versão sobre o que viu e fez naquela noite. *Se você for sensível a conteúdos descritivos de violência sexual, pule o trecho de 19:35 a 25:39 deste episódio do podcast*. Este é o sétimo episódio da quarta temporada do podcast "UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho".
Preso desde 21 de março em Tremembé, SP, Robinho pode ser solto se usar a seu favor algumas interpretações da lei brasileira. Do outro lado, o amigo Falco, também condenado na Itália pelo estupro da mulher albanesa, corre o risco de ter o mesmo destino do ex-jogador e ser preso no Brasil. No episódio 8 de "UOL Esporte Histórias: Os Grampos de Robinho", Adriano Wilkson conversa com advogados para entender as possibilidades jurídicas do caso Robinho.