«Há uma, entre estas cinco mil nebulosas, a que os homens chamaram via láctea, e que contém dezoito milhões de estrelas, cada uma das quais se transformou em centro de um mundo solar.
Se o observador, rodeado por estes dezoito milhões de astros, volvesse especialmente a atenção para um dos mais modestos e menos brilhantes, para uma estrela de quarta ordem, que orgulhosamente apelidamos o Sol, debaixo dos olhos lhe teriam sucedido todos os fenómenos a que é devida a formação do universo.
Efetivamente havia de ver esse Sol, ainda no estado gasoso e composto de moléculas móveis, a girar em torno do próprio eixo para concluir o trabalho de concentração, e este movimento, subordinado às leis da mecânica, havia acelerar-se com a diminuição do volume, e um instante havia de chegar em que a força centrífuga venceria a força centrípeta, que atrai as moléculas para o centro.