Desde o formato dos vlogs, vídeos de denúncias e desabafos são disseminados em escala viral. O acesso das mulheres a narrativas comuns do dia-a-dia permitem o fortalecimento do grupo e a insurgência da terceira onda feminista da História. Graças ao empoderamento feminino, o debate sobre igualdade entre sexos alcança centros de poder político e econômico e expõe o problema do machismo e da normalização da cultura do estupro na sociedade. Jout Jout, Maíra Medeiros, Nataly Neri e Maria Guimarães conduzem a conversa.
É possível dizer que a geração nascida no séc. XXI já não sabe como é viver em um mundo sem internet. O comportamento e a forma de se relacionar das crianças de hoje são completamente influenciadas pelo universo digital. Mas quem é responsável pelo que elas produzem e consomem na grande rede? Como regular a publicidade abusiva e a super-exposição da faixa social mais vulnerável em um ambiente tão plural? Acompanhamos Eloá – do canal Eloá e Diversão -, sua mãe Eliana, a escola de youtubers mirins Happy Code, a advogada Ekaterine Karageorgiadis e a pesquisadora Luciana Corrêa para explorar esse assunto.
De todas as previsões sobre empregos do futuro especuladas há alguns anos, nenhuma foi capaz de antecipar o surgimento do youtuber. Desde 2010, produtores de conteúdo brasileiros da maior plataforma de vídeo sob demanda do mundo exploram formatos e desenvolvem modelos de negócios desta carreira tão promissora do novo mercado. Danielle Noce, Nah Cardoso, Gil Giardelli e Fabi Fróes discutem o business e a história da produção de vídeo para a internet.
De todos os formatos inovadores que aparecem nos vídeos digitais da internet, foi no gênero de humor a subversão mais evidente. O surgimento do canal Porta dos Fundos deixou claro que o formato da comédia e a televisão como um todo estavam envelhecendo. Mas as liberdades de linguagem da grande rede trouxeram de volta uma antiga discussão: quais são os limites do humor? Ian SBF, Bubarim e o advogado Marco Antônio dos Anjos descutem as fronteiras legais e éticas da comédia na internet.
Canais educativos são uma das opções do variado cardápio disponível nas plataformas de vídeo. A internet possibilita que professores extrapolem os limites da sala de aula para alcançar os mais remotos rincões do Brasil. Mas como a educação pública poderia tirar proveito da extensa oferta de conteúdo educativo à disposição na rede? Rafael Procópio, Iberê Thenório, Mari Fúlfaro e especialistas discutem curadoria e alcance do conhecimento pelo YouTube e as possibilidades legais da prática da educação domiciliar.
A era digital e da banda larga democratizaram a produção audiovisual no Brasil e no mundo. Um dos seus efeitos mais revolucionários é permitir a qualquer pessoa ser protagonista das próprias histórias. A periferia, tão estigmatizada pela mídia tradicional, pode enfim retratar suas nuances e sua complexidade. Dona Rúbia, P.drão, Mamuti e Danilo Cymrot refletem sobre a vida simples, a produção musical e a criminalização da cultura de quem vive longe do centro.
Dar voz a grupos excluídos das narrativas de mídia, como negros, gays e pessoas trans, permite uma reação organizada de um público que nunca havia sido devidamente representado na TV. Movimentos como o #OrgulhodeSer, promovido pelo YouTube, são capazes transformar auto-estima, estruturas sociais e padrões publicitários. Com os holofotes sobre as questões negra e LGBT, o mercado se remodela e passa a atender o consumidor em suas diversas particularidades. Pedro HMC, Thiessa Woinbackk e Gabi Oliveira dão suas diferentes perspectivas sobre o assunto.
Os eventos esportivos e as coberturas jornalísticas ao vivo são os pilares econômicos das mídias tradicionais que a internet ainda não conseguiu derrubar. No entanto, ao que parece, essa ruína é uma questão de tempo. Thiago Romariz, Bruno Torturra, Bia Granja e Anderson Gurgel comentam a função das lives da internet na integração do usuário, a importância da não-intervenção do conteúdo pela edição de vídeo e refletem sobre o futuro dos direitos de transmissão das TVs.