Durante séculos, a África foi destino de exploradores e missionários cristãos, que buscavam não só conhecer os povos da região, como também catequizá-los. Inúmeros são os relatos de religiosos sobre a cultura e religião iorubá, inclusive descrevendo seus ritos e ídolos dispostos em altares. Desde as primeiras incursões de desbravadores europeus no continente africano, as entidades lá veneradas passaram a ser erroneamente entendidas por outros povos. A representação do orixá Exu pelos iorubás foi distorcida em uma dupla identidade, como um deus fálico baseado em suas representações materiais artísticas para devoção, e como o diabo, baseado em suas descrições e atribuições do panteão dos orixás nas religiões judaico-cristãs.