O Alto do Moura, em Caruaru, Pernambucano, é onde Mestre Vitalino viveu e criou suas peças de barro. Hoje, no local, há uma grande concentração de artistas e ateliês que vivem da transformação do barro em arte retratando bois, cavalos, cangaceiros, trio de forrozeiros e cenas cotidianas.
O xilogravurista Ciro Fernandes expõe sua origem sertaneja pautada no mundo da literatura de cordel e, sobretudo, na cultura nordestina. Ele já foi ilustrador do Jornal do Brasil e fez capas de livros para Raquel de Queiroz, Ana Maria Machado, Gilberto Freire.
Depois de se aposentar, Helena Coelho passou a se dedicar à sua vocação artística. A pintora realizou exposições no Museu Internacional de Arte Naif no Rio de Janeiro e da Bienal de Arte Naif de Piracicaba, sempre retratando a capital fluminense em cores vibrantes.
Geraldo Simpício, mais conhecido como o artista Nêgo, iniciou seu trabalho com restauração de imagens sacras e desenvolve, há mais de 20 anos, esculturas vivas moldadas no barranco de seu sítio, em meio a Mata Atlântica carioca.
O episódio revela a história de João das Alagoas, que carrega a cultura da zona rural da região de Capela. Representando bois moldados em alto relevo, inspirou diversos artistas locais.
Representantes de uma nova geração dos artistas do barro, Nena, Sil e Galego iniciaram seus trabalhos no ateliê de João das Alagoas e seguiram produzindo esculturas com bois como protagonistas e expressando os costumes da região, cada um com sua leitura e técnica.
As esculturas em madeira do artista Nicola se espalharam pelo Brasil e pelo exterior. Atualmente suas peças, na maioria anjos e asas, fazem parte das exportações da cultura pernambucana para os Estados Unidos e a Europa.
Mestre Zuza esculpe a sua origem africana e indígena nas feições de santos de barro, contrariando as tradicionais imagens sacras europeizadas. Sua peça mais emblemática é chamada Xifópaga, um monstro originado da ligação de dois indivíduos na altura do tórax.
Nome de expressão no cenário da arte naif, Ermelinda se utiliza da cor azul na composição da maioria dos seus quadros. Expôs e foi premiada em coletivas na Bélgica e no Salão de Piracicaba.
Aprendiz da técnica de manuseio da madeira do povo da Quilombola do Timbó, mestre Fida conta com simplicidade como criou seus cataventos, esculpidos em madeira.
Misturando elementos da arte popular com formas elegantes e sóbrias e experimentando tipos e texturas do barro, Tiago Amorim esculpe pássaros, peixes e mulheres.
Depois de um sonho revelador, Tercília dos Santos diz ter acordado com a habilidade de pintar. Duas décadas depois, ela calcula ter produzido mais de 300 quadros. Seu estilo tem como foco principal a arte naïf.
Representante da nova geração do mamulengo de Carpina, Miro busca sustentabilidade e autonomia para a sua arte ao transformar madeira e tecido em bonecos.