Em 1808, dois navios cortam o Atlântico. Num deles, africanos desembarcam no Brasil para serem vendidos como escravos. No outro, o príncipe regente Dom João VI, a rainha D.Maria I e a família real portuguesa fogem das ameaças de Napoleão Bonaparte. Em Minas Gerais, a jovem Peregrina, tomada de revolta depois de ser castigada apenas por cantar, irrompe num ato de violência extrema contra a Fazendeira Escravocrata e é enforcada. No Rio de Janeiro, a corte se constrói sobre a indigesta intimidade entre o poder e a elite, formada pelos traficantes de pessoas.