Após duas décadas de um violento casamento, Samia estava bem-servida no cardápio de violências contra a mulher: psicológica, patrimonial, física. "Vamos dizer que, de humilhação, degustei de todas. Fui chamada de lixo, de porcaria", relata. "E ele gostava muito do meu pescoço, gostava de enforcar." Samia desculpava sempre. "Quando perdoei, perdoei por amor." As oscilações de humor do parceiro não pararam, até que o dia do "basta" chegou. Com ajuda do Justiceiras, rede de proteção a mulheres agredidas, Samia fez boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva. Fisicamente, o agora ex-marido não pode chegar perto. Veio então o cerco virtual.