Não é só a tecnologia do século XXI que é exponencial, também o cérebro humano obedeceu à mesma regra no passado, sendo considerado o mais rápido crescimento de um órgão complexo da história da Humanidade. O que terá estado na origem deste fenómeno? Qual o papel da cooperação e da socialização na edificação da cultura humana? O que distingue o nosso cérebro do cérebro dos animais? Porque é que nos tornámos inteligentes e de que forma a inteligência está ligada às emoções? Ligação entre saúde e vida emocional é cada vez mais clara. Que impacto têm as emoções no cérebro humano? É possível morrer de amor?
Pouco mais de uma centena de pessoas está identificada com uma espécie de superpoderes, os savants. O que é que os estudos das últimas década nos dizem sobre estes casos especiais e porque é que ter uma memória excecional não é necessariamente bom? A memória tem um papel determinante nas nossas vidas mas não devemos confiar demasiado nela. A associação entre memória e linguagem, fala e arte terá dado um impulso determinante para a evolução humana. Se a linguagem é fundamental, a música assume um papel estruturante e transversal à sociedade humana, visível na forma como ativa o próprio cérebro. Não há registo de nenhuma cultura que nunca tenha usado ou criado música. A que se deve o poder da música no cérebro humano? Que efeitos pode ter no cérebro de crianças que praticam música diariamente? Porque é que os grandes líderes deveriam ouvir música juntos antes de tomarem importantes decisões? Porque tem a música o poder da sedução? Génio e criatividade nascem connosco ou são construídos?
Vivemos provavelmente a corrida mais frenética e urgente da história da humanidade. União Europeia, EUA, China e vários outros países unem esforços para fazer face a uma das mais complexas missões com que a ciência alguma vez se defrontou: descodificar o cérebro humano. Se não descobrirmos para o cérebro aquilo que já descobrimos para os restantes órgãos, vamos viver mais mas dementes. Há uma urgência global na descoberta de soluções para as doenças neuronais e as perturbações do cérebro que afetam 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo e que irão aumentar nas próximas décadas. A Doença de Alzheimer é responsável por metade dos casos de demência e prevê-se que duplique até meados do século, caso a neurociência não consiga reverter a tendência. O suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens adultos. Que novo olhar lança a neurociência sobre as doenças neurológicas que mais afetam adultos e crianças no século XXI?
A fusão entre cérebro humano e tecnologia já começou. Neurociência e cibernética unem-se para criar uma nova espécie ciborgue. Que impacto poderá ter uma nova espécie de humanos melhorados no próprio cérebro humano, criado e aperfeiçoado ao longo de milhões de anos? Passámos de uma espécie nómada de caçadores-recoletores a sedentários dependentes de aparelhos tecnológicos. Que consequências trazem os novos hábitos ao nosso cérebro? Só temos consciência de uma ínfima parte de 1% da diversidade de moléculas e ondas de energia que circulam à nossa volta e em nós. Mas temos um fator a nosso favor: somos verdadeiras máquinas do tempo. Será o cérebro humano um descodificador da realidade ou um mestre do artifício? Qual o lugar da consciência humana no Universo? Aquele que permanece o maior mistério do cérebro humano está ainda longe de ser descodificado. Apesar de todas as tentativas da ciência, chega-se sempre a um ponto em que o milagre acontece.