No final dos anos 1990, nas vésperas dos finais de semana, na Ilha Porchat, em São Vicente, litoral de São Paulo, uma ruazinha que dava para um condomínio de alto padrão ficava lotada. Homens, mulheres e crianças, todos ali esperavam a mesma pessoa: o dono da Casas Bahia, Samuel Klein. O empresário mal chegava e saía com uma sacola cheia de dinheiro para distribuir. Entre uma nota de R$ 50 e outra, Klein convidada as meninas que encontrava na fila para tomar café em seu apartamento. Era o anzol que utilizava para ampliar seu esquema de exploração sexual de meninas e adolescentes.