Diversidade é ser convidada para a festa, inclusão é ser chamada pra dançar. A frase da ativista americana Verna Myers traduz de forma clara e, ainda assim, poética as nuances de uma indústria que vem tratando a diversidade de corpos ora como uma exigência ora como apenas uma tendência. Se em uma semana de moda temos o marco de modelos não tradicionais atravessando a passarela e na seguinte vemos tendências relacionadas ao 'heroin chic' com cinturas baixas desfiladas apenas por barrigas chapadas e em grande parte brancas, fica claro que a moda tem na mesma proporção a capacidade de inspirar ou amedrontar. Para além de marcas centenárias, temos as consequências no nosso dia-a-dia e os possíveis pesadelos que acompanham os provadores de loja mas posso dizer com certeza que o melhor mimo do amadurecer, apesar da azia de brinde, foi entender que as roupas tem que caber em mim - não em contrário.