Por que será que a gente gosta mais de sofrer do que de ser feliz no amor? Sim, a gente gosta de sofrer. E não sou eu ou Marília Mendonça que dizemos isso. E Freud. após muitos anos de estudos e análise Freud chegou à conclusão de que talvez nossa busca na vida não seja só a busca do prazer e sim paradoxalmente uma busca do desprazer. Nesse papo, que é praticamente uma aula, a psicanalista Maria Homem nos explica por que erotizamos o sofrimento e a dor e por que buscamos reviver relações que nos coloquem repetidamente numa sensação de falta, abuso e passividade. As respostas não são simples. Essa lógica está embrenhada em nosso inconsciente e foi construída desde a infância. Se a gente fala aqui sobre trilhar uma jornada rumo a amores possíveis, precisamos mexer nas nossas gavetas sentimentais e revisitar nossas primeiras relações para entender quais foram os padrões desse afeto meio sádico e abusivo que se estabeleceram como sinônimo de afeto. Quais são esses papéis em que estamos pre