1919, Lisboa. Sacadura Cabral, face à chegada aérea dos americanos da travessia do Atlântico Norte, está cada vez mais convicto do seu plano: fazer a travessia aérea do Atlântico Sul e ser o primeiro a realizar este feito da aviação mundial. Um jovem jornalista, Norberto Lopes, ouve o plano do comandante e inicia a sua investigação. Começa a corrida aos céus.
É lançado o concurso. O governo oferecerá 20 contos a quem completar a travessia, com o propósito de celebrar o centenário da independência do Brasil. "Qualquer um pode participar, qualquer um pode ganhar". Mas o despique entre oficiais torna-se fervoroso, acabando o governo por decidir a favor do comandante da Marinha, Sacadura Cabral.
A morte de Varzim alerta os nossos pilotos do perigo e efemeridade ao alcance dos céus. "Que ganhe o melhor", - tréguas entre oficiais e entre jornalistas. Passam dois anos, os treinos físicos intensificam-se. Aviões comprados e financiamentos fechados. Os últimos estudos precisos da rota e peso do avião definem quem será parte integrante da aventura. A partida avizinha-se.
Atlântico Sul, 11 de Maio de 1922. Após descolarem rumo a Fernando de Noronha, Sacadura Cabral e Gago Coutinho enfrentam problemas técnicos que deixam o hidroavião à deriva no Atlântico Sul. Iniciam-se buscas, enquanto o mundo aguarda, em suspenso, por notícias dos aviadores desaparecidos.
Recebidos como heróis após a chegada ao Rio de Janeiro, Sacadura começa a delinear o seu próximo projeto: a circum-navegação área. Não perdendo tempo em apresentar a proposta ao Estado português, que a recebe com grande ceticismo. Paralelamente, Sarmento Beires prepara-se para partir no seu Raid a Macau. Será o tempo de Sacadura parar de voar e dar a vez a aviadores mais jovens? Perante a falta de apoio do governo, Sacadura demite-se da marinha.