Em vésperas de Carnaval, Sílvia Alberto vai ao encontro de um artista que usa máscaras ao longo de todo o ano. Fernando Santos, um dos nomes maiores do transformismo em Portugal. Nasceu na Mouraria e lá aprendeu valores basilares como a dignidade e o respeito. Aos quatro anos, já revelava um fascínio pelo universo feminino e antes mesmo dos 18 fugiu de casa, deixando um bilhete à mãe onde dizia que queria voar e ser livre. Poucos anos depois, ponderou mudar de sexo, mas percebeu a tempo que esse não era o caminho para si. Como também não foi o álcool nem as drogas. Correu o País a fazer espetáculos, saboreou os aplausos, mas também momentos de angústia e discriminação. Hoje, continua, todas as noites, a subir ao palco do Finalmente como Deborah Kristal.
On the eve of Carnival, Sílvia Alberto meets an artist who wears masks year-round: Fernando Santos, one of the biggest names in drag in Portugal. Born in Mouraria, she learned basic values such as dignity and respect there. At four, she already revealed a fascination with the feminine universe and, even before she turned 18, ran away from home, leaving a note for her mother saying she wanted to fly and be free. A few years later, she considered changing her sex, but realized in time that this wasn't the path for her. Neither did alcohol or drugs. She toured the country performing, savoring the applause, but also experiencing moments of anguish and discrimination. Today, she continues, every night, to take the stage at Finalmente as Deborah Kristal.
Às vésperas do Carnaval, Sílvia Alberto vai ao encontro de um artista que usa máscaras durante todo o ano. Fernando Santos, um dos maiores nomes do transformismo em Portugal. Nasceu na Mouraria e lá aprendeu valores básicos como dignidade e respeito. Aos quatro anos, já revelava um fascínio pelo universo feminino e antes mesmo dos 18 fugiu de casa, deixando um bilhete para a mãe onde dizia que queria voar e ser livre. Poucos anos depois, ela considerou mudar de sexo, mas percebeu a tempo que esse não era o caminho para ela. Como também não foi o álcool nem as drogas. Correu o País fazendo shows, saboreou os aplausos, mas também momentos de angústia e discriminação. Hoje, ela continua, todas as noites, subindo ao palco do Finalmente como Deborah Kristal.