Será possível que o próprio Salazar tivesse sido um alvo da polícia politica? Em Março de 1928 Carmona faz-se eleger Presidente da República. Perante a incapacidade da jovem Polícia de Informações em controlar as conspirações, Carmona aceita o convite de um membro dos serviços secretos franceses. O espião George Guyomard visita Portugal para estudar as forças de Segurança em Portugal e os seus inimigos. Fica apenas três meses. Não deteta nenhuma ameaça comunista. Em Portugal havia ditadura mas não havia ditador. O poder segundo o espião francês estava nas mãos dos tenentes que haviam construído uma espécie de "sovietes de quartéis". O governo de Vicente de Freitas toma posse em Março de 1928, mas o país aguarda até fins de abril por um salvador ministro das finanças. Em Coimbra o professor de economia Oliveira Salazar é convidado pelo novo ministro da educação Duarte Pacheco mas resiste. É por influência do padre jesuíta Mateo que Salazar aceita finalmente o cargo trazendo a igreja de novo à área de influência do poder. Em abril de 1928 estavam formadas as duas forças que iriam batalhar pelo poder dentro do regime. De um lado Vicente de Freitas e a direita republicana que pretende o regresso à normalidade constitucional. Do outro Salazar e os tenentes nacionalistas. Mas para dominar o país é preciso primeiro controlar a polícia política. A luta pelo poder passa dos quartéis para dentro do governo. O chefe do governo Vicente de Freitas nomeia um homem da sua confiança para a tutela da Polícia de Informações - o coronel Pestana Lopes. Salazar sustenta que esta é a policia privada do senhor presidente do conselho e torna-se assim um alvo da Polícia de Informações. Numa carta secreta a que esta investigação teve acesso, no Arquivo Salazar, descobre-se que o diretor da policia queria correr com a "padralhada" do governo. Neste episódio narra-se ainda como a Policia de Informações recorreu a informadores pagos a
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Jacinto Godinho | Director |