Nas paredes do Estabelecimento Prisional de Aveiro, um grupo de reclusos encontra uma fuga improvável nas palavras. Entre o confinamento e a monotonia dos dias, dedicam-se a escrever e declamar poemas, partilhando pensamentos e sentimentos que guardam há muito tempo. As suas vozes ecoam pelas celas e pelos corredores, revelando pedaços das suas histórias, emoções reprimidas e memórias de um mundo exterior que já não veem. No meio das suas declamações, o quotidiano revela-se: pequenos gestos, olhares perdidos, e passos silenciosos. Entre uma palavra e outra, trocam conversas sobre o pequeno almoço, recordações da família, esperanças, receios. Na simplicidade dessas conversas, vê-se a humanidade que subsiste para lá das grades. Neste ambiente onde a liberdade é apenas uma lembrança, os reclusos de Aveiro encontram, na poesia, uma forma de expressão e, talvez, uma réstia de redenção.
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